terça-feira, 1 de março de 2011

O lógico, o científico e o religioso.


 Nesse último dia 28 de fevereiro o Papa Bento XVI mais uma vez manifestou-se com relação ao aborto. O tema vem sendo abordado de forma rotineira pelo nosso Pontífice. Infelizmente os resultados são lentos, mas precisamos que todos estejam imbuídos dessa vontade de lançar argumentos lógicos, científicos e espirituais contra essa anomalia mental que é a ideia do aborto.

Os argumentos lógicos servem para aqueles que não têm intenção de ouvir qualquer argumento religioso, argumento esse que pra muitos já basta. Os lógicos não são, por definição nem por lógica, melhores que os que simplesmente aceitam os argumentos religiosos pelo simples fato de que, para ser religioso precisa antes ser lógico. Explico!

Para crer é preciso antes ter um argumento muito lógico sobre o porquê crer. Não se crê simplesmente, mas se crê porque já houve algum raciocínio prévio, por mais profundo ou superficial que fosse, mas houve, de que o mundo não começou do nada, ou pelo menos que um dos argumentos científicos de que começou com uma grande coincidência é, no mínimo, ilógico.

Pois bem, o religioso é lógico antes de ser religioso. O lógico é ilógico porque não quer ser religioso. Claro que existem lógicos religiosos, mas é óbvio que falo dos que não são.

Por outro lado temos o argumento científico. Existem pessoas que simplesmente não aceitam argumento nenhum caso a ciência não comprove, seja essa ciência qual for ou vinda de onde for. Esquecem-se que a ciência, seja ela qual for..., dias depois de lançar uma máxima afirma que é o oposto. Não vejo muita ciência nisso, mas é assim que as coisas evoluem, seja progredindo ou regredindo, mas evoluem e assim que deve ser. O que não deve ser é afirmar-se não religioso e ser mais religioso que qualquer religioso. Apesar das repetições eu novamente explico!

O ser científico é religioso e às vezes mais que o que se declara religioso, isso porque se apaixona por sua causa de tal forma que aceita mesmo não entendendo. A diferença é que as verdades que o religioso aceita sem questionar são verdades divinas e, portanto, perfeitas. As verdades que o ser científico aceita são verdades humanas, portanto, meias-verdades é imperfeitas e mutáveis. Qual seria a melhor?

Claro que quando afirmo que as verdades do religioso são divinas e, portanto perfeitas, sabemos dos requisitos para que assim sejam classificadas. “Verdades” ditas por qualquer um em um igrejota de esquina não são verdades divinas, são verdades humanas (imperfeitas ou simplesmente erradas mesmo).

Bom, mas quanto ao que o Papa afirmou nesse dia 28 de fevereiro, houve uma expressão bem interessante: estamos em uma sociedade caracterizada pelo eclipse do sentido da vida.

Fiquei raciocinando por vários minutos sobre essa expressão. Nosso Papa solta dessas quase todo dia. Ler seus discursos e homilias são um exercício e tanto para a lógica (olha ela ai outra vez), para a interpretação de texto e do mundo.

O eclipse da vida vem realmente, solapando o mundo. Como imaginar que se pode matar uma vida humana pelo simples fator geográfico? Só porque a vida está dentro da barriga e não fora, não quer dizer que poder ser morta. Parece-me uma coisa muito óbvia! Mas os lógicos e científicos não vivem do óbvio, vivem da religião.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lendo este artigo, penso que temos duas formas distintas de pensamento. A sociedade tem que se acostumar com as mudanças. Mas não se momenclatura podemos dar, mas ou preserva-se a vida ou libera-se o final para algumas. Seria tornar legal a morte provocada pela intenção do homem como ser social.

Emanuel Jr. disse...

Sinceramente não entendi o comentário.