segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"E vós, quem dizeis que Eu sou" Monsenhor João S. Clá Dias

"E vós, quem dizeis que Eu sou". Reconhecer a Jesus Cristo como filho de Deus significa aceitar não somente suas glórias, mas todo o seu sofrimento em favor da humanidade. Como diz Mons. João S. Clá Dias, nesta homilia, “A fé se prova pela aceitação resignada dos dramas da vida”.

Não há nada como ouvir uma homilia dentro da ortoxia em meio a tanta coisa estranha que se é obrigado a ouvir e ver por ai. Recomendo vivamente essa pequena homilia que parece algo muito próximo de todos nós, mas ao mesmo tempo tão distante.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Epidemiologista francês respalda Papa sobre preservativo.

Recorda que inclusive ONUSIDA lhe dá razão

PARIS, terça-feira, 15 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Para René Ecochard, professor de medicina, epidemiologista, chefe do serviço de bioestatística do Centro Hospitalar Universitário de Lyon, "as palavras de Bento XVI sobre o preservativo são simplesmente realistas".

Este é, de fato, o título de um documento que assinou em abril passado, após a viagem pontifícia à África (de 17 a 23 de março) e a polêmica lançada por meios de comunicação ocidentais sobre as declarações do Papa sobre o preservativo.

Entrevistado pelo jornal francês La Manche Libre, o professor Ecochard lamentou "a falta de realismo" que se dá "nesta questão que é prisioneira da ideologia". Parece algo como "se a opinião perdesse seus pontos de referência quando enfrenta as questões da sexualidade e da família".

René Ecochard considera que "se deu um erro de compreensão na opinião pública". "As pessoas acreditaram que o Papa falava da eficácia do plástico, do preservativo, quando na realidade falava das campanhas de difusão do preservativo. Isto é muito diferente".

"Da mesma forma que todo objeto tecnológico de prevenção, o preservativo tem uma eficácia quantificada", afirma. Mas, "o problema não está aí: todos os epidemiologistas concordam hoje em afirmar que as campanhas de difusão, nos países em que a proporção das pessoas afetadas é muito elevada, não funcionam".

"Se o preservativo funciona quatro de cada cinco vezes", isto pode ser suficiente "quando a Aids não está estendida". "Mas em um país em que 25% dos jovens de 25 anos estão afetados (Quênia, Malaui, Uganda, Zâmbia), isto não é suficiente". "O fracasso desta forma de prevenção é uma realidade epidemiológica".

"Rodeado de especialistas, bem informado pela Academia de Ciências de Roma, o Papa dominava perfeitamente esta questão antes de ir para a África", acrescenta.

Na entrevista, René Ecochard se detém em particular sobre o caso de Uganda, o único país "em que o número dos enfermos foi dividido por três na idade de 25 anos". "Além da campanha sobre o preservativo, este país realizou uma ampla campanha baseada no tríptico ABC (abstinência, fidelidade, castidade ou preservativo)".

"O casal presidencial, os grupos religiosos, as escolas, as empresas... todo mundo apoiou esta campanha, freando a Aids, que será combatida se cada um buscar ter atitudes sexuais conformes às tradições familiares", explicou.

"Pode ser que não seja fácil reproduzir isto de um país ao outro, mas hoje, é a única esperança", acrescenta o epidemiologista francês.

Hoje, "mais de 60% dos cientistas estão a favor das campanhas ABC", declarou, recordando que é a política adotada por ONUSIDA.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O que é ser religioso?

Esse dias, lendo alguma coisa sobre o assunto, me vi em uma encruzilhada. Como toda encruzilhada foi preciso tomar uma decisão. Direita ou esquerda, frente ou verso, certo ou errado! Essas decisões nos colocam em situação difícil, porque difícil é ter que decidir, ter que tomar partido e, às vezes, magoar alguém.


O religioso é aquele que toma partido pela verdade. Não importa se a verdade está em cima ou embaixo. Se está contra tudo e contra todos. Não busca uma verdade relativa, isto é, uma verdade que muda a cada minuto e a cada mente. A verdade não é uma metamorfose ambulante. A verdade é a verdade, simplesmente. A verdade é a mesma desde sempre e sempre continuará sendo, independente do que pensa a sociedade ou do grau de evolução em que ela se encontra.


O religioso é isso. Alguém que busca a verdade e sabe que ela existe. Não é, ao contrário do que a maioria pensa, coisa de santos e bonzinhos. Não importa se você é bonzinho ou mauzinho. O que importa é a sua busca por essa verdade. Aliás, a religião é o contrário de coisa de bonzinho. Devia ser vista como coisa de mauzinho.


Vamos a explicações. Nossa vida de cristão católico não é um contínuo conflitar de erros e acertos? Não se trata de viver reconhecendo nossa mediocridade humana frente a Deus, arrependendo-se e pedindo perdão por nossas falhas? Quem falha, quem erra, quem peca não é o bonzinho da história. Pelo contrário! Não foi a toa que Jesus afirma que veio para os doentes e não para os sãos.


Se você já se considera santo e com seu lugar reservado ao lado de Deus, então não precisa mais estar aqui, não precisa mais da religião, não precisa mais da Igreja. Qual o objetivo principal da Igreja? Nada mais que salvar as almas. Não se trata de fazer desse mundo o paraíso divino, muito menos eliminar com as cruzes de todos para que o paraíso se antecipe por aqui mesmo. A Igreja não tem essa obrigação. Não foi instituída por Cristo para isso.


Os doentes, ou seja, os antagonistas da história, é que são o alvo da Igreja. Eles, nós, precisamos da Igreja para a salvação.


Esse é o espírito do religioso. A busca pela verdade, verdade que só pode estar em uma instituição bimilenar, criada pelo próprio Jesus Cristo, que tem em seu “chefe” maior o poder de ligar e desligar.