quarta-feira, 31 de agosto de 2011

“A Igreja Católica está na vanguarda da bioética”

Entrevista com John Hass, diretor do Centro Católico de Bioética dos EUA
QUERÉTARO, terça-feira, 30 de agosto de 2011 (ZENIT.org – El Observador) – O Dr. John Hass, diretor do Centro Nacional Católico de Bioética dos Estados Unidos e membro prominente do Instituto Internacional para a Cultura, foi o encarregado de pôr em marcha a segunda geração do mestrado em bioética ministrado no Centro de Pesquisa Social Avançada (CISAV), em seu novo campus, em Querétaro (México).

A conferência inaugural dessa importantíssima pós-graduação do CISAV foi dada pelo Dr. Hass, sobre o tema dos riscos que a humanidade enfrenta com a clonagem.

De fato, o mestrado em bioética do CISAV é o primeiro em seu gênero na América Latina e enfrenta, com rigor acadêmico e baseado na doutrina social da Igreja, estes fenômenos que poderiam parecer exclusivos de países desenvolvidos, mas que, pouco a pouco, vão sendo introduzidos nas legislações dos países que formam – do ponto de vista católico – “o continente da esperança”.

Entrevistado por El Observador, John Hass foi enfático ao afirmar que a Igreja Católica tem uma enorme área de oportunidade nos temas que a bioética abrange. Nos Estados Unidos, a Igreja está na vanguarda. No México, através de centros de pesquisa como o CISAV, tem esse importante futuro.

Que papel a Igreja Católica está desempenhando neste debate sobre a ética e a biologia nos Estados Unidos?

John Hass: Uma questão que é muito interessante de observar é que a Igreja Católica esteve e está na vanguarda. O mundo inteiro fala de bioética hoje, mas devo dizer que nosso centro foi estabelecido em 1972, antes de que o aborto fosse legalizado nos Estados Unidos, antes de ouvirmos falar da AIDS, antes de que as células estaminais fossem isoladas... Nos Estados Unidos, depois do governo, a Igreja Católica é a entidade provedora mais importante de serviços de saúde à população. São milhões de dólares destinados pela Igreja aos serviços de saúde dos americanos, todos os anos. Isso nos levou a ser capazes de antecipar os temas que, amanhã, serão centrais na medicina e nas ciências da vida. Temos de estar preparados para enfrentá-los a partir do Evangelho.

Qual é o tema mais importante na bioética hoje?

John Hass: Em minha opinião, é a despersonalização e desumanização dos serviços de saúde. Os seres humanos estão sendo concebidos como carentes de direitos. A doação de órgãos se converteu em um negócio internacional. Ocorreu o mesmo com a fertilização in vitro que, nos Estados Unidos, movimenta cerca de 5 milhões de dólares por ano... Homens e mulheres não estão sendo considerados como seres humanos, mas como material de uso para experimentos científicos, inclusive, algumas vezes, para experimentos que, na fachada, parecem ter ótimas intenções de ajudar os outros.

Está havendo avanço nos comitês de bioética dos hospitais? Estão levando em consideração a Igreja Católica?

John Hass: Isso é muito importante. Há mais de 5 anos, a organização que acredita os hospitais nos Estados Unidos estabeleceu como norma a posta em marcha de um comitê de ética para cada hospital. Mas cada hospital católico nos Estados Unidos já o tinha e sempre o teve. Este é outro exemplo de como a Igreja Católica caminha adiantada com relação aos tempos. O Comitê Nacional de Bioética, que presido, tem um programa de um ano para certificar os hospitais neste tema. Médicos, enfermeiras, pessoal administrativo, todos recebem o curso completo. Isso nos permite uniformizar critérios bioéticos com a essência católica e fazer que a moral e os princípios do catolicismo estejam nos hospitais que a Igreja administra. E nos outros hospitais, estão seguindo o nosso exemplo e os nossos métodos.

Vocês enfrentam a “lenda negra” de que a Igreja Católica se opõe ao progresso científico?

John Hass: Sua pergunta é muito interessante, pois nos Estados Unidos ninguém escutou nada sobre a “lenda negra”, mas os efeitos são os mesmos que se produzem na América Latina com relação ao papel da Igreja na conquista e na colonização. Nos Estados Unidos é diferente, pois se trata de um país de maioria protestante. E os protestantes acreditam que suas ideias são o que a religião é. Lutero dizia que somos salvos pela graça e somente pela fé. Para ele, a razão era perigosa. Em seu comentário à Carta aos Gálatas, diz que, se os cristãos querem se salvar, devem matar a razão e oferecê-la como um sacrifício a Deus. O problema é que muitas pessoas no meu país acreditam que “isso” faz parte de todas as religiões. Portanto, a Igreja Católica seria “irracional” e “legalista”. E nada menos perto da verdade, como mostraram os Papas João Paulo II e Bento XVI: fé e razão são as duas forças que temos para conhecer a verdade. Também nada mais afastado da verdade que dizer que os católicos rejeitam o aborto, a anticoncepção etc., porque alguém manda fazer isso, não porque descobriram a imoralidade, a inumanidade dessas práticas a partir do Evangelho, do espírito do Evangelho, da liberdade do Evangelho.

Como se pode reintroduzir a verdadeira cultura católica no contexto em que vivemos?

John Hass: Em sua encíclica “o esplendor da Verdade”, o Papa João Paulo II diz, quase no final, que a verdadeira força do ensinamento da Igreja e da cultura da Igreja Católica é a de permanecer com o olhar dirigido a Jesus Cristo crucificado. Daí parte tudo, pois já não estamos na época dos argumentos, mas na época das testemunhas, como disse uma vez à Conferência Episcopal dos Estados Unidos o então cardeal Joseph Ratzinger.

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Mais informações sobre o Centro de Pesquisa Social Avançada e o mestrado em bioética: www.cisav.mx
(Jaime Septién)

Despedida do TREMA.

Recebi por e-mail o texto abaixo e achei fantástico, de uma criatividade muito boa. Recebi como anônimo, portanto, caso o dono do texto leia, espero que se apresente para podermos dar os créditos.

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Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.

Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso para sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...

O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disse que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.

Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá.

Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que, aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...

Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.

Adeus,
Trema.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Esperam-me os Coroinhas.

Por Padre Leo Trese

Faltam cinco para as oito no relógio do presbitério. Antes de levantar-me, concluo com firmes propósitos a meditação da manhã.

Os coroinhas esperam-me na sacristia: Don, o dos cabelos ruivos e das mãos sujas de terra, como de costume; e Jimmy, o sardento, que, também como de costume, perdeu a batalha travada contra os seus cabelos rebeldes.

"Bom dia, padre", dizem-me em coro, respondendo a minha saudação. Terminado o meu lavabo, e depois de ter mandado Don fazer o seu, tomo o amito. - "Colocai Senhor, sobre a minha cabeça o elmo da salvação..." - (As breves frases que o autor cita são o começo das orações que o sacerdote pode rezar ao impor cada um dos paramentos litúrgicos para a Missa) - começo, mas, antes de acabar a oração, volta a aparecer o diabinho que tantas vezes atormenta os meus pensamentos.
Desta vez trata-se dos coroinhas.

Don, atrás de mim, enquanto deixa na toalha aquelas dedadas que deseperam a Irmã sacristã, pensa que há de vir a ser padre. Está ainda na 8ª série, e muitas coisas podem acontecer em doze anos, mas talvez seja uma das respostas ao meu memento diário na Missa para que haja muitas vocações nesta paróquia. Se as vocações sacerdotais não surgem dentre os coroinhas, de onde virão? Quem melhor do que eles pode escutar a voz de apelo que vem do sacrário?

"Branqueai-me, Senhor, e purificai o meu coração...,(início da oração que o sacerdote reza ao impor a alva) - mas o diabinho torna a fazer das suas. Percebo que Deus está tão interessado como o Papa ou eu mesmo em ver a sua Igreja abençoada com vocações suficientes. Disse suficientes? Abundantes seria melhor, pensando na liberalidade de um Deus que deixa cair mil bolotas para que possa nascer um só carvalho. Se as vocações não vingam, que é o responsável?
Um arrepio de culpa percorre-me a espinha enquanto aperto o cíngulo.

As fáceis desculpas habituais não se tem em pé: as famílias católicas são tíbias e só pensam em divertir-se. Já uma vez tentei enveredar por esses subterfúgios, mas não deu certo. Quem senão eu é responsável por essa falta de ambiente cristão nas famílias e pelo materialismo do meu rebanho? Tento encarar o assunto de frente. Se esta paróquia não concorre com a sua parte para as vocações sacerdotais, a responsabilidade será exclusivamente minha.

Significará que não tenho sabido cultivar as sementes que Deus lançou. Não dizem os teólogos que "a graça aperfeiçoa a natureza" ou coisa parecida? Para que a semeadura de Deus frutifique, o solo deve ser preparado e enriquecido, e os primeiros rebentos tem que ser cuidadosamente alimentados.

Enquanto coloco a estola, pergunto a mim mesmo se venho desempenhando bem o papel de administrador de vocações. Se os rapazes devem sentir-se atraídos pelo sacerdócio , então devemos fazer com que o sacerdócio seja uma coisa atraente."Pois caro!", como diria Jimmy.

O problema é que, para estes rapazes, o "sacerdócio" é uma coisa abstrata. Para eles, o sacerdócio sou eu. Se lhes agrada o que vêem em mim, ouvirão o doce chamado do Mestre. Mas vêem eles em mim a sobrenaturalidade do sacerdócio? Encontram-me ajoelhado diante do altar, quando vem ajudar à Missa, mesmo quando chegam meia hora mais cedo? Vêem-me assim outra vez, dando graças, quando se vão embora?

Assim é, na verdade, mas isso não é o suficiente, digo de mim para mim, enquanto prendo a estola com o cíngulo.

Os ideais destes moleques são tão "malditamente" altos e o seu instinto tão certeiro!...Ouviram falar, por exemplo, da suave caridade de Cristo, e bem sei que, inconscientemente, me comparam com Ele. Esta é uma das razões pelas quais lhes digo em tom afável:"Bom dia, meninos", antes da Missa e "obrigado, meninos", logo que ela termina.

Essa é também a razão pela qual cuido de dominar a minha impaciência, para que os seus erros humanos, os seus estouvamentos e leviandades não arranquem dos meus lábios uma repreensão amarga. Esse é o motivo pelo qual devo corrigir sem veneno e elogiar com generosidade.

Acompanho quase com suspiro as palavras "Senhor, Vós que dissestes: o meu jugo é suave e o meu fardo é leve...(Início da oração que o sacerdote reza ao colocar a casula)

São tantos os ingredientes de uma vocação que não me atrevo a omitir nenhum. Se os rapazes devem conhecer melhor o sacerdócio, devem conhecer-me melhor a mim. É por isso que, desde há muito tempo, cuido de instruí-los e orientá-los. É possível que não estejam tão bem arrumadinhos como quando a Irmã Ludwig se encarregava deles, mas consigo uma maior união enquanto celebro a Missa.
 
Não tenho agora desculpa nenhuma se volto a cabeça um pouco antes da Consagração e digo em tom sibilante: "por amor de Deus, toquem essa campainha!". Agora ganham consciência dos seus erros e expõem os seus problemas nas nossas reuniões semanais de caráter familiar.

Uma coisa me consola (o relógio diz-me que falta um minuto para as oito): os coroinhas não tem medo de mim. Nunca compreendi por que devia haver uma relação entre sacred(sagrado) e scared (assustado), embora as palavras pareçam semelhantes. Que alguém tenha medo de um padre é uma coisa horrível; mas que o tenham aqueles que espontaneamente a ajudam no altar é algo inconcebível.

Ninguém diz que não deva haver respeito pelas coisas sagradas e reverencia na sacristia. Mas se Eddie Higgin não resiste a contar-me, precisamente antes da Missa, que tem uma nova irmãnzinha, não posso imaginar que Cristo franza o sobrolho. Também eu não devo faze-lo.

Não devo esquecer nem mesmo os fatores humanos que podem fazer desabrochar uma vocação. Por causa do que chamam "culto ao herói", que ocupa um lugar tão importante na vida de uma criança, é difícil competir com o jogador de futebol ou com o cowboy favorito. Mas posso tentar. Para isso contribuem os nossos frequentes exercícios de natação no verão, os jogos de futebol no outono e os de hóquei ou os filmes no inverno.

Na minha pequena paróquia, com um dezena de coroinhas, esses programas não são difíceis de organizar. E nunca mais hei de sentir que perco o tempo ou que poderia aproveitá-lo para fins mais úteis.

Que pode ser mais útil do que um novo padre - exceto dois ou três?

E nestas cavilações passou o tempo sem eu dar por isso. Falta meio minuto para as oito e são horas de me dirigir ao altar.

Ao pegar o cálice e inclinar-me diante da Cruz, ocorre-me pensar que os clubes para moços são uma idéia eficaz, não por causa da sua organização, mas porque oferecem aos sacerdotes que os dirigem a possibilidade de fazer o que todos devíamos fazer sempre: trabalhar com todas as forças para encher as nossas fileiras.

A sineta da sacristia apanha-me com uma oração nos lábios: "que nenhuma vocação passe despercebida ou fique abandonada porque eu - pelas minhas palavras, pelo meu mau exemplo e negligência - deixei de dar plena ressonancia à voz do Senhor"

Fonte: Vaso de Argila

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Aluno judeu em colégio católico.

Não resisti, foi mais forte que eu. Tive que postar a piadinha.

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Um pai judeu, com a melhor das intenções, enviou seu filho para o
colégio mais caro da Comunidade Judaica.
Apesar das suas intençõe Samuel não ligava para as aulas.

Notas do primeiro mês:

* Matemática 2
* Geografia 3
* História 3
* Literatura 2
* Comportamento 0

Estas espantosas classificações repetiam-se mês a mês, até que o pai se cansou:
– Samuel, ouve bem o que te vou dizer, se no próximo mês as tuas notas e o teu comportamento não melhorarem, vou te mandar estudar num colégio católico.
No mês seguinte as notas do Samuel foram uma tragédia e o pai cumpriu com a sua palavra.
Através de um rabino próximo da sua família, entrou em contato com um bispo que lhe recomendou um bom colégio franciscano para o qual Samuel foi enviado.

Notas do primeiro mês:

* Matemática 8
* Geografia 7
* História 7
* Literatura 8
* Comportamento 8

Notas do segundo mês:

* Matemática 10
* Geografia 8
* História 9
* Literatura 10
* Comportamento 10

O pai, surpreso, perguntou-lhe:

– Samuel,  o que aconteceu para você ir tão bem na escola? Como é que se deu este milagre?
– Não sei, papai. Não sei mesmo, mas assim que cheguei ao colégio apresentaram-me todos os colegas e todos os professores, e mais tarde fomos obrigados a ir a uma igreja, lá dentro do colégio. Quando entrei, vi um homem crucificado, com pregos nas mãos e nos pés,  cara de ter sofrido muito e todo ensangüentado. Fiquei muito impressionado!
Perguntei:
– Quem é ele?
E respondeu-me um aluno do curso superior:
– Ele era um judeu como você.

Então, pensei:
- P.Q.P! Aqui não tem jeito, tenho mesmo que estudar, que os padres não estão para brincadeira!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Presidente da A. Gays, Lésbicas e Transgêneros de Goiás é condenado por improbidade administrativa.

MPF consegue que mais de R$ 44 mil sejam devolvidos para a União

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) obteve a condenação do presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneros (AGLT), Júlio César Ávila Dias, por improbidade administrativa. Ele terá que devolver para a União mais de R$ 44 mil, repassados em 2006 pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) por meio de convênio. O valor foi usado para a realização do curso de capacitação “Desenvolvimento Organizacional, Advocacy e Interação com a Comunidade Lésbica”, que integrou o projeto “Somos Lés – Centro Oeste”. No total, o curso teve o valor de R$ 45.546,00, sendo que R$ 1.326,00 foram custeados pela própria Associação.

A AGLT tinha 60 dias para prestar contas dos valores recebidos, entretanto, apesar de notificado pela própria SEDH,  Júlio César Ávila Dias não apresentou a documentação necessária para a análise da regularidade na execução do convênio, que vigorou entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007. De acordo com a sentença da 2ª Vara da Justiça Federal em Goiás, a Secretaria Especial de Direitos Humanos tentou, de várias formas, obter a documentação necessária para a análise das contas, mas nenhum comprovante foi apresentado. Por gerir recursos provenientes da União, Júlio César pode ser qualificado como agente público.

Dessa maneira, o juiz Jesus Crisóstomo de Almeida determinou que além do ressarcimento integral dos danos causados, o presidente da AGLT pague multa de R$ 3 mil e tenha os direitos políticos suspensos pelo prazo de quatro anos. Júlio César  Ávila Dias ainda foi proibido de contratar com o Poder Público, receber incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos.

Ministério Público Federal em Goiás

Assessoria de Comunicação

Fones: (62) 3243-5454

E-mail: ascom@prgo.mpf.gov.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.


Fonte: http://www.prgo.mpf.gov.br/patrimonio-publico/noticias/687-presidente-da-aglt-de-goias-e-condenado-por-improbidade-administrativa.html

Alguém ai acredita que esse tanto de dinheiro vai para a causa deles unicamente? Já é uma vergonha ir pra causa deles, agora ir para o bolso deles é o apocalipse mesmo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

EUA: Vaticano nega envolvimento em caso de abuso sexual

Advogado da Santa Sé denuncia “calúnias”

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 22 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – “As acusações de envolvimento do Vaticano em um caso de abuso sexual, aberto nos EUA, demonstraram ser infundadas, à luz dos documentos”, anunciou na última quarta-feira a Rádio Vaticano.

O advogado da Santa Sé nesta causa,Jeffrey S. Lena, qualificou como “calúnias” as acusações segundo as quais a Santa Sé seria corresponsável pelos abusos cometidos pelo sacerdote religioso Andrew Ronan contra um menino de 17 anos, em 1965, em Portland (Oregon).

Para contribuir para o esclarecimento dos fatos, a Santa Sé divulgou, no site da Rádio Vaticano, uma documentação sobre Ronan, em concreto sobre sua demissão do estado clerical.

“Como o sistema judicial às vezes trabalha lentamente, estes documentos poderão contribuir para uma conclusão mais rápida do caso”, explicou Lena.

Ao mesmo tempo, expressou sua confiança em que a publicação destes documentos possa “acalmar aquelas pessoas que têm pressa em publicar comentários sensacionalistas e não equilibrados, sem preocupar-se por um conhecimento adequado dos fatos”.

A causa, chamada Doe contra a Santa Sé, está em curso perante um tribunal americano de primeira instância no estado de Oregon.

A maior parte das acusações apresentadas pelos advogados da vítima já foi recusada, mas restam duas, sobre as quais a imprensa informa reiteradamente.

Segundo tais acusações pendentes, a Santa Sé sabia que Ronan era um abusador e, apesar disso, transferia-o de um lugar a outro.

“Seriam, naturalmente, acusações muito graves, se fossem verdadeiras – explicou a Rádio Vaticano. Mas, como soubemos pelo desenvolvimento do caso, estas acusações certamente são falsas.”

Os documentos demonstram que a Santa Sé foi informada do grave comportamento de Ronan somente depois do caso de abuso em questão, e que nunca esteve envolvida em nenhuma mudança de destino do sacerdote, pertencente a uma ordem religiosa.

Lena declarou que os advogados da vítima insistiram nesta acusação e assim “enganaram o público” e “abusaram do sistema legal”.

O Papa: Declararei São João de Ávila como Doutor da Igreja.

No dia 20/08 o Papa Bento XVI informou que deve declarar em data ainda indefinida, São joão de Ávila com novo Doutor da Igreja. O Papa utiliza-se das chaves entregues por Jesus a Pedro e seus sucessores para fazer tal proclamação.

Abaixo transcreveremos a notícia veiculada pela ACI/EWTN Noticias.

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Ao concluir a Missa celebrada esta manhã na Catedral da Almudena em Madrid (Espanha), o Papa Bento XVI anunciou sua intenção de declarar doutor da Igreja São João de Ávila, cuja proclamação oficial será realizada no Vaticano em uma data a ser definida. 

Ao concluir a Missa o Santo Padre disse aos presentes: “com grande alegria, no marco da santa igreja Catedral de Santa Maria a Real da Almudena, quero anunciar agora ao povo de Deus que, acolhendo os pedidos do Senhor Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, o Eminentíssimo Cardeal Antônio Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madri, dos outros Irmãos no Episcopado da Espanha, bem como de um grande número de Arcebispos e Bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis, declararei, proximamente, São João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja”.

O anúncio causou um longo e prolongado aplauso da parte de todos os presentes na Catedral. O Papa fez votos também para que “a palavra e o exemplo deste pastor ilumine os sacerdotes e os seminaristas”. “Convido a todos a dirigirem o olhar para ele”, acrescentou.

Ao anúncio do Santo Padre, o Arcebispo de Madrid, Cardeal Antonio María Rouco Varela, respondeu agradecendo profundamente pela decisão e disse que “esperamos com alegria que sua Santidade determine a data da solene declaração do Santo padroeiro do clero espanhol como doutor da Igreja universal para acudir a Roma para dar graças a Deus por esse dom tão grande da providência divina”.

Há dois dias o Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández, explicou à ACI Prensa que todos os trâmites para declarar doutor da Igreja a São João de Ávila estavam terminados e que correspondia ao Papa fazer o anúncio respectivo, o qual acaba de ser feito esta manhã. O santo pertenceu a esta diocese espanhola.
A Igreja Católica atribui oficialmente o título de doutor da Igreja àquelas pessoas que têm uma autoridade teológica e doutrinal, em razão da certeza de seu pensamento, a santidade de suas vidas e a relevância de suas obras. Atualmente existem 33, dos quais 3 são mulheres.

Dom Fernández disse também ao grupo ACI que São João de Ávila é “um dos santos espanhóis mais emblemáticos do século XVI. É um jovem muito atraente. É um jovem rico ao estilo de São Francisco de Assis. É filho único, seus pais são donos de uma mina. Ele deixa tudo, reparte seus bens aos pobres e se dedica a pregar a Jesus Cristo. Isso a um jovem deve chamar a atenção e conhecê-lo”.

São João de Ávila

Juan de Ávila, nasceu em Almodóvar del Campo, em Castilla Nueva. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Alcalá. É considerado como um dos mais influentes Santos da Espanha do século XVI.

Foi amigo de Santo Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesuítas) e conselheiro espiritual de Santa Teresa, se atribui também a ele a conversão de São Francisco da Borja e São João de Deus.

Ordenado sacerdote mostrou tal eloqüência, que o Arcebispo de Sevilha lhe pediu que ele se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões da Andaluzia.

Dedicou-se ao apostolado de missão em todas as regiões da Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos de seu escritos são suas cartas e o tratado: “Audi Filia”.

Foi beatificado em 1894 e canonizado pelo Papa Paulo VI no dia 31 de maio de 1970. Sua festa se celebra dia 10 de maio.

MADRI, 20 Ago. 11 / 06:21 pm (ACI/EWTN Noticias)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"A máfia verde fará ao Brasil uma proposta que ele não poderá recusar!"

Convido a todos para lerem um excelente artigo sobre os ecochatos, ou ecofundamentalistas, como prefere o Autor do texto.

O Autor é estudioso da DSI - Doutrina Social da Igreja, o que nos dá um excelente motivo para lê-lo e entender o seu texto.

O Autor estará escrevendo em coluna própria na próxima edição da revista In Gurdia, que pode ser lida on line ou baixada gratuitamente no seguinte link:  

No mais, deixo com vocês o texto de Bruno de Castro que mantém o blog  http://brunodornellesdecastro.blogspot.com


A máfia verde fará ao Brasil uma proposta que ele não poderá recusar!

O título recorda a célebre frase de Don Vito Corleone, em O Poderoso Chefão, quando o mafioso tem certeza da execução de sua vontade desejada pela vítima, em razão da coação que está irá sofrer. E assim ocorre em toda a América Latina e África: a máfia em questão age com vontade e força potestativa, conquistando milhares de jovens bonzinhos para a execução de seus planos, sejam eles de boa ou má intenção, maconheiros ou simpatizantes da legalização, rebeldes com ou sem causa ou simplesmente insatisfeitos com o sistema desigual e selvagem, fruto do capitalismo americano e do modelo de economia neoliberal malvada. O México a famiglia forçou a entrar no NAFTA, para que o país fosse superabastecido com o milho americano subsidiado, o que fez a agricultura local quebrar e nunca mais se recuperar. A África, rica em carvão e petróleo, é impossibilitada de explorar seus recursos em face aos seus capangas internacionais, que exigem que toda a sua vegetação seja preservada, mesmo que isso custe a vida de milhares de africanos que necessitam urgentemente plantar para comer. Não estou falando de mafiosos sicilianos, estou falando das ONGs internacionais ecofundamentalistas, e, sim, elas já chegaram ao Brasil e estão no poder.

O documentário The Great Global Warming Swindle denuncia a índole manipuladora de tais ONGs, mas interessante mesmo é o relato do co-fundador do Greenpeace, Dr. Roy Spencer. Este afirma que o Greenpeace, quando criado na década de 80, tinha como objetivo a postulação de meios que preservassem o meio-ambiente em prol da economia de recursos e do uso futuro destes, mas a queda do Muro de Berlim contribuiu para que muitos dos amantes da cortina de ferro soviética, agora soltos pelo mundo, adentrassem e politizassem a organização, de forma com que Spencer asseverou, em certo momento, absurda a luta da organização contra o uso de cloro. Ocorre que o cloro é basicamente importante no tratamento de águas, e obviamente não havia razão para tal atitude, salvo se existisse um interesse maior por detrás, e existia. Não obstante a luta do cloro, o Greenpeace iniciou lutas políticas contra o uso de energia nuclear limpa, contra o uso de agrotóxicos - necessários para uma produção maior e um alimento mais limpo -, contra a plantação de alimentos transgênicos - que há mais de 20 anos são plantados nos Estados Unidos - e agora, contra o "novo mal da hora": a plantação brasileira de alimentos em morros - também chamadas de várzeas - praticadas há mais de um século por imigrantes italianos e alemães que sempre dependeram de tal porção de terra para sua sobrevivência, especialmente na serra gaúcha e em Santa Catarina.

O caso das várzeas se confunde a todos os casos previstos pelo projeto do novo Código Florestal, que ainda falta ser aprovado em votação, no Senado da República. A última grande modificação do Código Florestal ocorreu em 2001, onde foram adicionadas diretrizes completamente absurdas, como a transformação das costas de rios, lagos e mares de trinta a quinhentos metros de distância em Áreas de Preservação Permanente, independentemente destes se localizarem em áreas urbanas ou rurais. Ademais, trouxe a obrigação de preservação das supostas "matas nativas" fixando elas, sem qualquer critério, no mínimo de 20% de todas as propriedades rurais, sob pena de supressão, indiferentemente do fato do Brasil ser uma enciclopédia em termos de vegetação. Claro, a penalidade é excluída, segundo o Código, se o dono da propriedade preencher essa área com árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas. Ou seja, alguém aí já viu alguma seringueira à venda em algum supermercado gaúcho? Em outras palavras, é um preservar por preservar, sem qualquer utilidade humana ou pública, em que se desconsideram totalmente ambas em prol do silêncio e aprovação dos "hippies" do exterior e dos traidores do bem público que aqui trabalham como suas células. 

É óbvio imaginar o encargo de tal legislação para o pequeno produtor - aquele que possui menos de dez hectares de terra - que para o sucesso do plantio e sobrevivência familiar, depende da ocorrência de chuva, pois não detém capital ou conhecimento de engenharia e tampouco espaço para montagem de uma barragem em sua propriedade. Não somente isso, o pequeno simplesmente não sobrevive em meio a um dólar baixo e um Mercosul que, com moedas mais desvalorizadas e a produção rural das mesmas espécimes, vêm para o território brasileiro competir com melhores condições do que o próprio brasileiro. Em suma, ocorre o mesmo com toda a indústria, exceto a automotiva, que sempre possui subsídios governamentais para barrar a competição argentina ou uruguaia, como se o Brasil fosse apenas produtor de carro, e não de alimentos, calçados, etc. Assim, imagine tomar, para preservação, pedaços de terra em uma área que certamente já não é mais nativa, de um produtor em tais condições.

O novo Código Florestal em tramitação apenas permite que essas áreas de preservação - agora melhor caracterizadas e flexibilizadas pelo projeto de lei aprovado na Câmara - sejam legisladas, não pela União - que dificilmente saberá diferenciar uma floresta tropical de um pampa gaúcho, como de fato não soube -, mas pelos estados, onde essas áreas estão de fato inseridas! Quando os politicamente corretos falam que o desmatamento foi legalizado, eu pergunto, onde? Extração ilegal de madeira nativa da Amazônia continua sendo crime ambiental, tal como vazamento de combustível em mares territoriais. Então o que os fanfarrões da razão escondem? Simples: agora, em caso de interesse público, do qual somente o Estado poderá se pronunciar a respeito, poderá ocorrer atividade na área em questão, colocando a pessoa novamente acima do meio-ambiente, ao mesmo tempo que continua sendo crime qualquer ação nociva a ele.

E agora, pergunto: "quem são a holandesa Greenpeace e a belga WWF para se meterem no que é melhor para os brasileiros? Se o que é melhor para nós não interessa a eles, desde que nos mantenham com mato de sobra, mas produção alimentícia de menos?". Há uma semana atrás, no blog do Reinaldo Azevedo, foi publicada uma cartilha de uma ONG chamada David Gardiner & Associates - que se auto-afirma uma empresa estratégica para a sustentabilidade ambiental -, da qual fica bastante óbvio o objetivo destas organizações no sentido de tornar nossas áreas verdes em territórios proibidos dos quais o meio-ambiente será preservado, enquanto a agricultura deles se torna forte o suficiente para que sejamos seus futuros clientes e não nos falte alimentos. Ora, a produção brasileira, sem Mercosul, seria igual ou maior a americana! Porém, não foi a primeira vez que segundas intenções de ecofundamentalistas ficam à vista de terceiros. Os e-mails da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, que vazaram no fim de 2009, provam que o Dr. Phil Jones, chefe da unidade na época, sugeriu a exclusão dos dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, por haver certeza da manipulação dos dados em relação a um suposto aquecimento global. Agora, resta saber da presidente, que já se declarou contra o novo Código Florestal, se seremos para os gringos o Brasil in the jungle que eles desejam ou o Brasil independente, tal como nossa Constituição nos descreve e nosso povo afirma ser.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O mito da Inquisição Espanhola pela BBC.

Recomendo vivamente o documentoário que dá título esse post. Trata-se de um documentário da BBC que finalmente faz jus ao tamanho e seriedade que essa emissora de TV tem ou pretende ter.

São cerca de 47 minutos de documentário divididos em 4 vídeos do youtube com os links abaixo. Até agora não consigo acreditar que estou recomendando um documentário da BBC. Será que é um indício de que a Discovery também vai se emendar? Tomara.

O Mito da Inquisição Espanhola Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=aGa1OXZZqBg

O Mito da Inquisição Espanhola Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=NmqIjeo2W7s&feature=related

O Mito da Inquisição Espanhola Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=_ek6nLzAUQs&feature=related

O Mito da Inquisição Espanhola Parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=b2MSxcLl9s0&feature=related

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sete coisas que o papado mudou em Roma para melhor



Por Elizabeth Lev

ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011 (ZENIT.org) – No verão, quando o calor aperta e os turistas avançam em tropel sobre a Cidade Eterna, é comum ouvir queixas contra os papas e seu legado. Isso pode ter a ver com a nova série de televisão Os Bórgias, sobre um dos mais polêmicos sucessores de Pedro, o Papa Alexandre VI. Talvez seja o mecanismo de defesa do cinismo diante de tanta história e grandeza. Seja como for, sempre me deprime nesta época do ano ouvir comentários depreciativos e ignorantes sobre uma instituição cujos frutos fazem de Roma uma das cidades turísticas mais populares do mundo: de 7 a 10 milhões de pessoas por ano. Se o papado fez Roma virar uma atividade turística das mais apreciadas, e transformou a Cidade Eterna em um dos maiores alvos das fotografias, será que não lhe devemos um pouco de gratidão?

Nesta semana eu pensei que seria bom relembrar como o papado contribuiu com esta cidade e o quanto ela foi enriquecida pelas peregrinações passadas e pelas férias presentes. Já que o número da sorte romano é o sete, farei uma lista de sete exemplos.

1) Ruas retas e obeliscos. A queda do Império Romano viu seus sobreviventes abandonarem a área do Foro e as sete colinas que a rodeiam, para se aninharem num pequeno trecho perto do rio Tibre conhecido como o Campo de Marte. Usando as estruturas e alicerces já existentes, os romanos encheram aquele espaço com mistura de lojas, palácios, igrejas e mercados. O labirinto de ruelas do Campo de Marte contrastava amplamente com as velhas áreas habitadas da antiguidade, onde havia campos vazios com ruínas esparsas.

Os peregrinos que iam para Roma desde o século VIII se perdiam no labirinto confuso tanto quanto num campo aberto. Na Idade Média, o papado começou a cortar as ruas com vielas sinuosas como a Via do Peregrino e a Via dei Coronari (a rua dos vendedores de terços), que levavam com facilidade os peregrinos até as áreas históricas da Basílica de São Pedro.

Os papas do Renascimento melhoraram as coisas, concedendo à cidade a majestosa Piazza del Popolo e o tridente de ruas que levam às três áreas mais importantes da cidade - um sistema que foi copiado depois por Paris e Barcelona. Também construíram a elegante avenida da Via Giulia - a Quinta Avenida do século XVI. O Papa Sisto V, porém, fez as ruas facilitarem a orientação dos peregrinos. A rua que conecta a Igreja da Santa Cruz com São João de Latrão e a basílica de Santa Maria Maior com a Praça da Espanha foi uma façanha sua; ele também pavimentou estradas que levavam aos campos abertos, para deixar mais acessíveis os Lugares Santos. Para ajudar os peregrinos a encontrar o caminho, ele restaurou os obeliscos quebrados, longínquos troféus das conquistas romanas no Egito, havia muito tempo em estado de ruína, e os colocou nos lugares mais importantes. Podiam ser vistos de longa distância: o obelisco de São João de Latrão era visto de Santa Maria Maior, por exemplo, servindo como farol. Um plano de urbanismo e de reciclagem sagaz. Não são qualidades admiradas hoje em dia?

2) Conservação de antiguidades. Pensem em todas as fotos que têm ao fundo os antigos monumentos de Roma. Onde estariam o Panteão, o Coliseu e mesmo a antiga cúria romana sem os cuidados do papado? O Panteão, com seus mármores, granitos e bronze, construído nos terrenos pantanosos do Campo de Marte, teria sido arruinado se o papado não tivesse transformado antigos templos pagãos em lugares de culto cristãos, como quando Bonifácio IV pediu ao imperador bizantino Phocas a permissão para transformar o Panteão numa igreja, em 13 de maio de 609.

O anfiteatro Flávio, ou Coliseu, fora ocupado pela família romana Frangipane desde o século VI até o XI, e era usado como fortaleza. Um decreto papal reclamou-o, junto com outros grandes monumentos do passado, e tirou-o das mãos privadas que estavam levando suas estruturas a ruir. Quando um terremoto devastou o anfiteatro em 1349, ele serviu praticamente como pedreira para a reconstrução de Roma após a volta do papa de Avignon. Em 1754, porém, o papa Clemente XIV declarou o lugar como martyrium e proibiu os desmantelamentos do edifício. Seus sucessores, Pio VII e Gregório XVI, construíram dois suportes que até hoje mantêm o edifício em pé. Os templos intactos que agora visitamos foram preservados graças ao cuidado, financiamento e atenção da Igreja romana, que, apesar do problemático passado daquelas construções, considerou-as merecedoras de uma nova vida a serviço de Deus.

3) Igrejas... Quantas vezes turistas cansados acharam fôlego ao fugir do calor e do caos das ruas numa das frescas igrejas de Roma? As centenas de igrejas construídas na cidade albergaram ordens religiosas, deram lar espiritual em Roma a diversas nacionalidades, ou simplesmente acomodaram as muitas paróquias da diocese do papa. Também são lugares para sentar-se ao ar condicionado natural das grandes estruturas de pedra. As basílicas papais, em particular, permanecem abertas de 7 da manhã a 7 da tarde, equipadas com serviços gratuitos, diferentemente das igrejas de Veneza e de Florença. E o turista não é abordado por um religioso ou religiosa proselitista em troca do serviço gratuito; em vez disto, ele se vê rodeado por obras de arte de Rafael em Santo Agostinho, Caravaggio em São Luís dos Franceses ou Filippino Lippi em Santa Maria sopra Minerva. Estas pinturas valiosas, pelas quais seria cobrado ingresso em qualquer museu, são agora a única evangelização que as igrejas romanas oferecem: a possibilidade de contemplar a Verdade através da grande beleza e até do conforto.

4) Aquedutos. O fluxo espetacular de água que dá vida, refresca e revitaliza a cidade também é um presente do papado. A grande tradição dos aquedutos foi iniciada pelos antigos romanos, que ofereceram água fresca à população através de aquedutos extensos, de até 60 milhas. Esses grandes aquedutos foram destruídos durante a época das invasões bárbaras, junto com a tecnologia que os criou. O papado renascentista recuperou os grandes esforços do passado de Roma, restaurando os antigos aquedutos e construindo alguns novos.

Em 1543, Nicolau V restautou o Aqua Vergina, a primeira construção de Agripa, seguido por um novo aqueduto, o Aqua Felice, construído pelo Papa Sixto V, em 1586. Mais dois papas acrescentaram aquedutos, oferecendo a Roma um fluxo constante de água que ainda hoje os romanos e os turistas podem desfrutar em qualquer das fontes da cidade. Os papas também embelezaram Roma com suas magníficas fontes: Trevi, a fonte dos quatro rios na Piazza Navona, a fonte do barco na Piazza de Espanha e muitas mais. Beleza, prazer e descanso, tudo grátis... alguém pede mais?

5) Museus. Os grandes museus que nos ajudam a passar as horas, desde o sorvete até o espaguete all'amatriciana, são o fruto da generosidade papal. As coleções papais do Museu Vaticano, de renome mundial, além de vários tesouros da arte romana, não existiriam sem o papado. O Papa Sixto IV abriu o primeiro museu público do mundo em 1471, quando doou 5 esculturas de bronze preservadas desde a antiguidade ao povo romano, abrigando-as no palácio dos Conservadores, na colina Capitolina. Este lugar, ainda conhecido como Museu Capitolino, melhorou durante os séculos com centenas de presentes dos papas, de modo que a Loba e o Spinario da coleção original estão agora flanqueados pela estátua equestre de Marco Aurelio, o Galo moribundo e a famosa Venus Capitolina.

6) Hospitais e Albergues. A descrição do trabalho do papa centra-se mais no cuidado espiritual de seu rebanho, no entanto, o romano pontífice também sempre entendeu a necessidades corporais de seu rebanho. Os papa também prepararam instalações para assegurar que ninguém ficasse sem cuidado ou atenção. 

O hospital de Santo Spirito, construído pelo Papa Sixto IV, em 1480, próximo do Vaticano, tratou não só enfermos romanos, mas qualquer peregrino que ficasse doente durante sua viagem a Roma. O papado construíu a Trinità dei Pellegrini, onde eram oferecidos aos peregrinos cama, comida, consolo ou ajuda. Durante o ano jubilar de 1600, a Trinità dei Pellegrini atendeu as necessidades de 145.000 peregrinos. Este espírito de boas-vindas ainda se pode encontrar nas dezenas de conventos que oferecem lugares econômicos para os peregrinos, nos milhares de pontos de informação de toda a cidade e na afável vontade de qualquer sacerdote da cúria que detém suas atividades para abençoar os peregrinos e seus rosários.

7) Orações. O último presente dos papas, que continua existindo hoje, são suas orações por nossa segurança, nosso desfrute e, o mais importante, para que nossos corações se abram a Deus nesta antiga e santa cidade.

Talvez durante nosso desfrute de compras e turismo, pudéramos ser o suficientemente amáveis para fazer uma pausa e recordar tudo que o papado fez pela cidade. Uma oração de gratidão e um pedido pelo romano pontífice são o mínimo que podemos fazer para agradecer pelas muitas bênçãos que recebemos de suas mãos.

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* Elizabeth Lev leciona Arte e Arquitetura Cristãs no campus italiano da Duquesne University e no programa de Estudos Católicos da Universidade San Tommaso.

Santa Sé: pais têm direito a ensinar sexualidade


Diz que as famílias não podem esquivar de suas responsabilidades

NOVA YORK, sexta-feira, 29 de julho, 2011 (ZENIT.org) – A política da ONU sobre a juventude deverá respeitar o direito dos pais de educar seus filhos, incluindo a questão da sexualidade humana e "saúde reprodutiva", afirma um representante da Santa Sé.

Dom Francis Chullikatt, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse isso em seu discurso na recente reunião de alto nível das Nações Unidas sobre a juventude.

"Todos os jovens devem ser educados no ambiente em que podem crescer e aprender, isto é, numa comunidade e sociedade caracterizada pela paz e a harmonia, livre de violência e discórdia. Cada um dos filhos, para desfrutar de um desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em uma atmosfera de felicidade, amor e compreensão”, disse o arcebispo.

O representante da Santa Sé explicou que esse tipo de ambiente "promoverá o bem e a responsabilidade do cidadão, que é essencial para o bem comum da humanidade".

A responsabilidade e o respeito pelos outros é aprendido em uma família, disse Dom Chullikatt.

"A família desempenha um papel importante na educação das crianças, no desenvolvimento de suas habilidades e na formação e aquisição de valores éticos e espirituais que estejam profundamente enraizados na paz, liberdade e dignidade e igualdade de todos os homens e mulheres”, afirmou.

"A família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é o grupo de união fundamental da sociedade, e o Estado e a sociedade devem garantir sua proteção."

Educação

O arcebispo, de 58 anos, lembrou à ONU que "os pais – pai e mãe juntos – têm a responsabilidade primeira de educar e ajudar os seus filhos a crescerem, para se tornarem bons cidadãos e líderes."

"Os pais não podem esquivar desta responsabilidade", disse.

E os Estados – acrescentou o prelado – "são chamados, de acordo com instrumentos internacionais, a respeitar essas responsabilidades, direitos e deveres dos pais neste sentido."

"As políticas de juventude, programas, planos de ação e compromissos assumidos pelos Estados membros devem respeitar plenamente o papel dos pais no bem-estar de seus filhos e sua educação", disse o representante da Santa Sé, "incluindo a questão da sexualidade humana e a chamada ‘saúde reprodutiva’, que não deveria incluir o aborto.”

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Na internet, fala completa do arcebispo (em inglês): www.zenit.org/article-33172?l=english