quarta-feira, 30 de abril de 2008

Heresia. Montanismo (final do Séc. II)

O movimento surgiu na Frígia (Ásia Menor Romana, hoje Turquia), pelos anos 170 d.C.

Montanus, um sacerdote de Cibele, iniciou inocentemente sua carreira pregando um retorno à penitência e ao fervor. Contudo, ele alegava que seus ensinamentos estavam acima dos ensinamentos da Igreja porque ele era diretamente inspirado pelo Espírito Santo. Julgava-se o instrumento do Espírito Santo prometido por Cristo e precursor de uma nova era. Chamava a si mesmo de pneumático (inspirado pelo sopro do Espírito)

Segundo as profecias difundidas pelos montanistas, uma outra era cristã se iniciava com a chegada da nova revelação que a ele foi concedida.

Rapidamente ele começou a ensinar sobre uma eminente volta de Cristo em sua cidade natal na Frígia. Esse movimento destacava, sobretudo a continuidade dos dons extraordinários como falar em línguas e profecias.

Montano pregava que a Igreja não tinha capacidade de perdoar pecados mortais, lançando na lama várias passagens bíblicas que então subsistiam pela tradição e escritos.

Havia duas mulheres, Priscila e Maximila, que tinham deixado os maridos para o seguirem e que eram as porta-vozes proféticas de Montano, que dizia que o Espírito Santo falava através delas. Fez dezenas de predições proféticas enganosas, já que jamais foram cumpridas, como a de que a aldeia de Pepuza, na Frígia, seria a Nova Jerusalém. Em sua rigidez, proibia certos alimentos, exigia jejuns prolongados e rigorosos e não permitia o casamento de viúvas, como também negava o perdão de pecados graves ao neoconvertido, mesmo após o batismo (com confissão e arrependimento).

O montanismo se disseminou rapidamente, mas encontrou fortes oposições, destacando-se entre elas a de Apolinário, Bispo de Hierápolis. Foi submetido ao crivo de Roma (177), quando os confessores de Lião intervieram junto a Eleutério.

Seu alastramento na Ásia e outras partes (193-196) suscitou novas refutações, como a de Apolônio e de Serapião de Antioquia e levantou violentas oposições nos meios romanos. Em Roma, Tertuliano teve contato pela primeira vez com o montanismo e aliou-se a ele, tornando-se seu mais famoso partícipe.

Esta seita, anti-romana, se constituía numa ameaça para a paz entre a cristandade e o Estado, foi excomungada pela Igreja, mas subsistiu no Oriente até o século VIII.

Muitos não viam na época, como não vêem hoje, o montanismo como heresia, mas sim como uma seita profética falsa que disseminou profecias que nunca vieram a ocorrer. Insistem em afirmar que não houve problemas de doutrina, o que discordo veementemente. Parece-nos muito claro o ataque à fé, à tradição e à moral que a Igreja prega e sempre pregou. O montanismo acabou por se fundar em um “puritanismo” arcaico, se assim poderíamos qualificá-lo e exemplificar.

Com relação ainda a situação do movimento como herético ou não, temos que os primeiros montanistas não alteraram a doutrina católica, portanto não foram heréticos, porém foram aos poucos caindo em excessos tais como: a negação da absolvição aos que tinham cometido pecados graves (p.ex.: apostasia e adultério); rejeição do matrimônio e das relações conjugais (considerando que apartavam das visões proféticas; Tertuliano chega mesmo a condenar as segundas núpcias); condenação, como diabólico, do parto das mulheres; rejeição da filosofia, artes e letras.
Essa heresia, acaba que, de certo modo encontra-se presente em muitas seitas dos dias atuais, cuja rigidez de costumes traz esta idéia no fundo. Um exemplo seria a "Assembléia de Deus", ou até a seita suicida africana.

26 comentários:

R. B. Canônico disse...

Muitissimo interessante essas postagens sobre heresias. Interessante que os erros atuais nao passam de sombras de erros do passado.

Pode procrar que em cada heresia moderna acha-se traços de heresias antigas!

Anônimo disse...

Somente um idiota de carteirinha, militante como vc, que é totalmente alheio e desconhece profundamente o credo assembleiano, para tecer quaisquer semelhanças entre a Assembleia de Deus e a dita seita. Precisa estudar mais "doutor".

Pietro Ogliari disse...

Meu caro Emanuel, não sou assembleiano, mas quando tu te referes a assembléia de Deus como seita tu te tornas muito preconceituoso, não sou adepto à doutrinas. Na igreja primitiva algumas pessoas deixavam de comer carne, por dogma e Paulo disse que aqueles que comiam tivessem paciência com os que não comiam e nunca chamou-os de seita, apenas de fracos na fé. É muita ignorância dizer que existe alguma sombra de montano na assemblèia.
E quanto aos dons de línguas e profecias, não é porque algumas pessoas usaram de maneira errada, que viraram eresia. Eresia é dizer que o Espírito Santo não se manifesta mais. Segundo a bíblia só cessarão as linguas e profecias, quando vier o que é perfeito, ou seja só cessarão quando Jesus voltar

Emanuel Jr. disse...

Pietro, não é adepto a doutrina? Desculpe mas quando você enteder de doutrina e for adepto a alguma coisa que não seja o que é mais cômodo estarei totalmente a disposição para qualquer tipo de discussão.

Prof. Mestre. Especialista Nilton Carvalho. disse...

Caro Emanuel Jr. vejo que você só entende mesmo é de Direito (pelo menos parece), contudo você comentou rasteiramente sobre Montanismo que realmente foi algo herético e que nós da Assembléia de Deus concordamos. Agora você querer que nós sejamos montanistas é errar profundamente em sua paupérrima avaliação, na verdade meu caro neófito, cremos na ação da pessoa do Espírito Santo no ceio da Igreja de Cristo, no qual a Ass. de Deus faz parte, de forma alguma somos montanistas. Por fim como dissestes ao Pietro que ele não entende de doutrina, vejo ser difícil dizer o mesmo para mim, pois sou Teólogo, Historiador, especialista em Educação, Mestre em Ciências da Religião e Mestramdo em Educação, tudo pela PUC-Goiás. Tenho vários artigos publicados no Jornal diário da manhã, várias pesquisas publicadas pela PUC-Goiás etc., agora como vai ser meu caro causista que pensa ser cientista como eu.

Anônimo disse...

isso aqui estar cheio de EGOLATRAS!!!

Emanuel Jr. disse...

Prof. Mestre. Especialista Nilton Carvalho.

Te convido a debater seriamente o assunto por aqui ou outro meio na internet capaz de deixar registrado.

E o convido tanto com relação a esse tema como com relação a outros que considerar interessante, Topa?

Sim, porque arrotar títulos é fácil...

Emanuel Jr. disse...

Mais um anônimo conversando fiado, provavelmente não voltará nem pra ver o que foi postado em resposta. Tudo bem, virou uma constante aqui.

REFORMA ORTOGRÁFICA 2009 disse...

Caro Emanuel, agradeço o convite fico envaidecido com sua preciosa atenção, contudo o debate é sempre muito bom estou a disposição. Inclusive você pode conhecer um pouco mais sobre o que defendemos e pensamos nos seguinte links: http://educabrasilculturaehistoria.blogspot.com/ e http://historiaeculturandc.blogspot.com/ e ainda, http://palavradevidaemcristo.blogspot.com/. Todavia, não se trata de arrotar títulos não trata-se porém, de embasamento epistemológico, teórico, científico, pois quando falo sobre algo pesquisei profundamente primeiro. Algo aparentemente difícil para os caros amigo do direito, sempre com posturas superficiais, sem querer ofender o amigo, mas é o que parece. Quando falam de economia, por exemplo, os bacharéis que se julgam doutores, se quer leram Maxr ou Adam Smith, respectivamente "o Capital" e "As Riqueza das Nações",daí por diante parecem não ter embasamento, mas somente superficialidades, grande abraço caríssimo.

Emanuel Jr. disse...

Mais uma vez arrotando títulos e referências. Sequer nos conhecemos e já sabe até quais os livros que li. Ainda aguardo argumento. Prefiro esses àqueles.

Unknown disse...

Obrigado pela atenção sempre amigo Emanuel Jr., grande abraço. Contudo não se trata de arrotar títulos é verídico e real o que afirmo, agora o que deduzo é meramente suposição penso que os que queiram opinar devem pesquisar pois, "para pesquisar a verdade é preciso duvidar, quanto seja possível, de todas as coisas, uma vez na vida." (René Descartes)

Emanuel Jr. disse...

Nilton Carvalho. Sim, mas onde estão os argumentos. Antes de discutir preciso deles, caso contrário não tenho como refutar.

No mais, tenho que não lhe cabe saber os livros que li ou não, o conhecimento que tenho ou não. Cabe um debate honesto sobre o texto, isso sim. Mais uma vez aguardo argumentos.

Pietro Ogliari disse...

Mas estão discutindo sem argumentos sobre o assunto, ou o assunto seriam ostítulos de seilá quem?

Lá vai um argumento sobre Heresia: Eresia é quando pegamos um testo isolado da bíblia e fazemos dele uma doutrina, ignorando seu contesto e conclusão do testo!

Quero que me de argumentos de porque os dons do Espírito Santo que acontecem hoje são Eresia, se na conclusão de I Coríntios 13 diz que eles cessarão quando Jesus voltar I Coríntios 13:9 e 10.

Se Jesus não voltou, estes dons não cessaram. quero que me de um argumento, com testo, contesto e conclusão do testo, explicando biblicamente. Não precido ser adepto a alguma doutrina proibitória para ter entendimento das coisas de Deus, preciso ter santidade e o Espírito Santo dentro de mim!

Jornal Tocha da Verdade disse...

Prezado Emanuel Jr.,
li sua postagem e acho esse tema interessante para discussão. Principalmente por termos poucas informações sobre o Montanismo. Seria esse seita ou comunidade cujo interesse era reproduzir a vida da Igreja Primitiva de Atos dos Apóstolos? O grande problema, ao meu ver, para se ter um entendimento preciso do ideal do grupo é a História Eclesiástica de Eusébio de Cesárea. Eusébio é explicitamente contrário ao movimento, daí a tendência a condená-lo e a dificuldade para o compreendermos. Lembro que Eusébio também tinha uma tendência herética, pois o "sangue ariano" corria em suas veias, pois que consistia em não crê na Trindade. Inclusive no concílio de Nicéia quis dar um "jeitinho brasileiro", como diria DaMatta, para apaziguar os ânimos dos bispos que acreditavam e criar uma igreja híbrida ou ecumênica. Lembro ainda que um dos primeiros tratados sobre a Trindade foi o "Adversus Praxeas" de Tertuliano, pai latino da Igreja. Esse tratado foi escrito na fase montanista de Tertuliano e incorporado ao dogmatismo católico. Vale salientar, que o papa Bento XVI exaltou Tertuliano a alguns meses pela contribuição teológica prestada. Cabe um estudo detalhado do Montanismo, pois, caso não o fizermos, caíremos no modismo orquestrado por Eusébio de condená-lo. Uma ponderação que faço, para ajudar na discussão, é que se o montanismo foi uma seita herética, por que logo Tertuliano, o maior apologeta do seu tempo, aderiu ao movimento defendendo-o como a verdadeira igreja de Cristo e defendendo Montano, Maximila e Prisca em um tratado chamado "De Ecstasi" e condenando as heresias em "Praescriptione Haereticorum"? Tertuliano, o "vir ardens", como dizia Gerônimo, era um advogado que filosofava e estava sempre em chamas, ou seja, tinha grande vigor nas discussões. O Montanismo deve, então, ser compreendido a luz de Tertuliano e com muito cuidado com aquilo que disse Eusébio.

XAVIER FILHO disse...

PASTOR DE IGREJA EVANGÉLICA PODE ATÉ SABER DE ALGUMA COISA, MAS ELE SÓ FALA O QUE É CONVENIENTE À SUA IGREJA. QUERO QUE ALGUM PASTOR ME RESPONDA: QUAL DAS DEZENAS DE MILHARES DE DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS PROTESTANTES ERA A DE CRISTO,QUANDO PAULO DISSE: " POIS PERSEGUI A IGREJA DE CRISTO." I CO 15:09." PERSEGUIA FERRENHAMENTE A IGREJA DE DEUS E PROCURAVA EXTERMINÁ-LA" GL.1;13. " QUERO REFERIR-ME A CRISTO E SUA IGREJA" Ef. 5:32 E TAMBÉM PORQUE ALGUMAS BÍBLIAS EVANGÉLICAS NÃO TRAZEM A PALAVRA APOSTASIA EM SUAS CITAÇÕES?

Pietro Ogliari disse...

E desde quando existe bíblia evangélica ou católica, a bíblia é a bíblia, qualquer bíblia fala sobre eresias, os evangélicos falam sobre apostasia sim! Deixa de ser ignorante

Emanuel Jr. disse...

Pietro Ogliari.

Então as Bíblias são iguais? Me diga o que aconteceram com sete livros extirpados da Bília que os protestantes usam.

Parece que não sou bem eu que tenho que parar pra estudar um pouco, não? Conte os livros que os protestantes tem na Bíblia deles e depois conte na Bília dos católicos. Depois volte aqui pra gente bater um papo.

Boa tarde.

Jornal Tocha da Verdade disse...

Prezado Xavier, na época de Cristo não havia denominacionalismo, apenas uma Igreja que "perseverava na doutrina dos apóstolos". Como estudioso da Bíblia e da história da Igreja só posso ensinar o que está nela e procurar viver no padrão daquela Igreja Primitiva. Aquela Igreja é o referencial de fé para nós. Infelizmente, muitas igreja protestantes, evangélicas e a católica deixaram esse padrão há muito tempo, por isso deixei de ser católico. Tenho várias versões da Bíblia (Jerusalém, fiel ao texto original, Revista e atualizada, brasileira etc) e todas trazem a palavra apostasia. Talvez você não tenha sido cuidadoso no exame que fez ou julgou apenas por achismo. Equívoco para questões de fé.
Emanuel, não temos os livros acrescentados pelo catolicismo pois não são inspirados. Basta você verificar no final do livro de Macabeus o que ele diz. Porém considero o valor histórico, literário e reflexivo dos mesmos. Além disso, nem mesmo os judeus, que são os "guardiães" do Antigo Testamento, consideram eles inspirados. Por essa razão não podemos aceitá-los. Um conselho, leia a Bíblia, examine os textos com cuidado e faça comparações com a religiosidade. Verás que há muito mais em Cristo Jesus.
Um grande abraço a todos!

Pietro Ogliari disse...

O Novo testamento é igual nas duas bíblias, os livros do antigo testamento que não tem na bíblia protestante, não foram colocados por dois motivos:

1- Os judeus não os consideram escrituras sagradas;

2- Não contém profecias;

Exemplo: 'Bel e o dragão' é uma lenda judaica, que os judeus criaram na época da deportação da babilônia e eles sabem que é lenda;

'Macabeus' Fala sobre a história de Israel, sabemos que Judas Macabeus foi usado por Deus, mas é um livro que não contém profecias.

Emanuel Jr. disse...

Olá Pietro a quanto tempo...

Então você concorda que as Bíblias são diferente?!!!

E quanto aos motivos, não são só esses.

A grande questão é: quem tem o direito/dever e porque tem o direito/dever de chancelar o que entra e o que não entra na Bíblia? Quem escolheu os livros e porque tinham esse direito?

Respondendo isso com sinceridade intelectual toda a pendenga se resolve.

Pietro Ogliari disse...

Te respondo com outra pergunta. E quanto aos livros que não estão em nenhuma das Bíblias? como "O testemunho dos doze patriarcas"

Parece que a decisão de quais livros aceitos sempre foi uma escolha dos líderes religiosos. Sabemos também que o livro de Atos dos apóstolos demorou a ser aceito pela igreja católica como escritura.

Emanuel Jr. disse...

Você confunde líderes religiosos com religião.

Os líderes são pessoas, são falíveis. A grande questão é entender, e ainda não peço para aceitar, só entender, que acreditamos que a Igreja é o Corpo cuja cabeça é Cristo. A cabeça conduz o corpo. A cabeça sendo Cristo e Cristo sendo Deus, a cabeça é perfeita assim como o corpo. Por isso entendemos que em questões de fé e moral o Papa, que conduz a Igreja (corpo) é infalível, mas só em questões de fé e moral quando ensina a toda a Igreja.

Ora, se há essa infalibilidade em questão de fé por ser o próprio Cristo que fala quando a Igreja ensina sobre fé, então o cânon bíblico e outras questões fora da Bíblia, são de fé, portanto afastado está o erro, portanto a escolha final do Cânon bíblico, que demorou alguns séculos, é infalível.

Essa é a fé católica desde que existe há dois mil anos. Nada mudou nesse período.

Como eu disse no início, a princípio não espero que você aceite, apenas que entenda essa parte que expliquei pela lógica que coloquei e pela racionalidade expressada, mesmo que a seu ver não seja digno de fé, mas pelo menos que entenda como concatenação lógica de ideias e argumentos. O resto vem em outra parte do debate.

Pietro Ogliari disse...

A igreja é o corpo de Cristo, todo aquele que aceita a Jesus como Senhor e Salvador passa a fazer parte deste corpo, porque oque salva é Jesus e não a religião, se uma pessoa totalmente isolao da do mundo ocidental e sem nenhum contato com a igreja católica, vier a ter conhecimento da palavra de Jesus e aceitar, essa passoa vai ser salva.

Quando Jesus disse que a igreja subiria, ele não estava falando da igreja católica, porque seria muito fácil se salvar, basta ser católico, não precisa andar em santidade, não precisa seguir as escrituras, não precisa nem conhecer.

A igreja de Jesus é invisível, ela não é uma instituição feita por homens, ela é constituída por todo aquele que aceita Jesus, independente de religião e denominação. Somos irmãos por Jesus que nos une.

Pietro Ogliari disse...

Também acredito que a igreja é o corpo e Cristo é a cabeça. Mas quando a Bíblia fala em igreja, ela não está se referindo à uma denominação específica.

Qualquer pessoa em um país comunista como a Coréia do norte, totalmente isolada de nossa cultura ocidental e sem nenhum contato com a igreja católica, se essa pessoa tomar conhecimento das palavras de Jesus e aceita-lo como salvador, essa pessoa passa a fazer parte do corpo de Cristo, sem nunca ouvir falar de igreja católica ou qualquer denominação.

Por isso concluímos que essa igreja não é uma denominação visível. Jesus quando falou que a igreja subiria, não estava se referindo a igreja católica ou evangélica, mas àquelas que seguem as suas palavras. Pois seria muito fácil ser salvo, não precisaria seguir a Jesus nem conhecer as suas palavras, bastaria ser católico.

Oque nos une é o nome de Jesus.

Emanuel Jr. disse...

Meu amigo, ser católico é bem diferente de se dizer católico. Ir por esse caminho é uma contradição. Não basta se dizer corinthiano, tem que torcer. Ser católico é seguir os ditames católicos. Responder para o IBGE que é católico não significa ser e Deus conhece os corações.

O que você não está entendendo, mas que acabou dizendo na segunda postagem, é que se a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, não há como ela errar. Ela é o Corpo de Cristo. Você mesmo concordou com isso. Não há como ser corpo de Cristo e dizermos que podemos desprezá-la. Você está desprezando o Corpo de Cristo.

Você vai me dizer que não está desprezando, só está afirmando que não precisa dela para a salvação, mas se ela é o Corpo de Cristo, e você não precisa dela para a salvação, então é óbvio que você está dizendo que não precisa do Corpo de Cristo para a salvação. Se não precisa do Corpo de Cristo para a salvação então precisa pra que? Por qual motivo ele se encarnou e por qual motivo a Igreja é o Corpo de Cristo?

Essa história de que não falava da Igreja Católica é conversa. Ele falava de que então? O que existia naquela época que não a Igreja Católica? Pedro era pedra de que então? Pedro foi chefe de que então?

Pietro Ogliari disse...

Não existe embasamento bíblico para falar oque tu estás falando. A bíblia não fala em catolicismo em lugar nenhum. Caímos no mesmo erro dos orientais de dizer "só a minha religião leva a Deus". A igreja erra sim e sempre errou, errou com as indulgências, errou com a inquisição, errou aceitando poderes políticos.

Eu não sou católico e tenho certeza da salvação. Eu conheci vários protestantes de diferentes denominações que caíam no mesmo erro que tu e todos eles com argumentos, do tipo, a minha igreja é a certa porque agente guarda o sábado, a minha igreja é a certa porque não tem imagens.

Oque eu já entrei em discussões com mórmons e testemunhas de Jeová, porque todo mundo acha "só a minha religião salva". Eu tenho certeza de quem salva é Cristo e ele não tá nem aí para este tipo de discussão, no dia do juízo todos vão se surpreender pelo fato de Jesus não beneficiar, nem tirar as caras por nenhuma religião específica e nem mesmo por Israel. Ele mesmo falou para Nicodemos que para entrar no reino temos que nascer de novo e muitos religiosos, pastores, padres, católicos e evangélicos nunca experimentaram o novo nascimento.

Oque aborrece a Deus é que o centro deste tipo de discussão não é a Cabeça (Cristo), Mas sim o preconceito.