quarta-feira, 13 de abril de 2011

Presidente Dilma, a China, os EUA e os direitos humanos. Será que é tudo igual?


Incrível como existem pessoas que adoram falar quando deveriam ficar caladas, na verdade algumas deveriam ser mudas. Com um corpo diplomático razoável, pelo menos em número, esse deveria ter feito suas vezes dando sentido aos salários que recebem usando pelo menos da proximidade com a Presidente Dilma pra dizer: Por qué no te callas?

Nessa terça-feira dia 12 de abril de 2011 a presidente cópia mau acabada do antecessor, em visita oficial à China, reuniu-se com o colega Hu Jintao (colega em todos os sentidos) e afirmou manter em relação ao país asiático uma postura semelhante a que apresentou em relação aos Estados Unidos durante a visita do presidente Barack Obama ao Brasil, no mês passado. "Temos a mesma posição que tivemos com os Estados Unidos", disse Dilma à imprensa, sem dar mais detalhes. "Todos os países têm problemas ligados aos direitos humanos", acrescentou. Ou seja, a presidente Dilma, comparou as condições de direitos humanos na China e nos Estados Unidos.

A presidente Dilma ainda fez referência uma nota na qual divulgou com o premiê chinês, Hu Jintao que os dois países se comprometem a "fortalecer as consultas bilaterais, promover o intercâmbio de experiências e boas práticas" e lutar pelos direitos humanos, principalmente no que se refere ao combate à pobreza. E eu acreditei!

Com toda a certeza a presidente se esqueceu que a China é acusada pelos grupos de defesa das liberdades fundamentais de violar sistematicamente os direitos humanos dos opositores e dissidentes. Um esquecimento muito cômodo, já que a estrutura socializante do terceiro milênio, com delírios capitalistas que a China tem, é um estereótipo do que o PT sempre quis por aqui.

Como já bem sabemos, o governo chinês não hesita em prender para fazer com que os falantes se calem. No início desse ano, uma ONG com sede em Hong Kong registrou mais de 3.500 casos de detenções arbitrárias na China em 2010. Segundo o Centro de Informação dos Direitos Humanos e da Democracia (CHRD), os militantes dos direitos humanos sofrem uma "repressão severa" no país e na internet, que é objeto de rígida censura.

O relatório do CHRD foi divulgado num momento em que as autoridades chinesas, preocupadas com a repercussão dos protestos pela democracia no mundo árabe, lançam novas medidas para reprimir os dissidentes políticos. A organização reiterou ainda o pedido ao governo de Pequim para que liberte todos os ativistas dos direitos humanos detidos no país, incluindo o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2010, Liu Xiaobo.

Claro que são mencionados ataques contra os blogs e sites de ativistas. Esses são os primeiros a sofrerem patrulha e a serem perseguidos, uma vez que são absolutamente livres para escreverem o que bem entenderem e não estão presos a empresas da imprensa que só divulga o que convém. As autoridades chinesas estabeleceram o que é conhecido como a "Grande Muralha de Fogo" (Great Firewall) para vetar temas como Tibete e direitos humanos, além de bloquear endereços. Assim, os internautas chineses ficam sem acesso a páginas como Facebook, Twitter e YouTube.

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