Atualmente, existem no Brasil pelo menos quatro partidos políticos que defendem a volta da monarquia buscando seus registros oficiais: da Real Democracia (PRD), Monárquico Parlamentarista Brasileiro (PMPB), do Movimento Monarquista do Brasil (PMMB) e da Construção Imperial (PCI). As siglas são alinhadas com a Casa Imperial do Brasil, entidade sem fins lucrativos dirigida por dom Luiz de Orleans e Bragança, com a finalidade de "coordenar as atividades relacionadas à causa da restauração do regime imperial do Brasil, a preservação de nossa história, valores e tradições".
Segundo o PRD, a legenda está na fase de coleta de assinaturas. Pela legislação brasileira, são necessárias cerca de 500 mil assinaturas do eleitorado nacional em apoio à criação de um novo partido. Antes da coleta de apoios, não existe formalização da criação da sigla perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Com quatro partidos poderemos melhor atender o grande número dos pedidos para dirigir os diretórios estaduais e municipais. A ação também vai proporcionar no futuro uma coligação forte", afirma.
As instituições defendem um sistema de monarquia parlamentarista, similar ao implantado em países como Bélgica , Canadá, Dinamarca, Espanha, Holanda, Noruega, Japão, Suécia e Inglaterra, que nesta sexta-feira assistiu ao casamento do príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, com a plebeia Kate Middleton.
Para a Casa Imperial, "erram feio aqueles que pensam que a república fora um regime que trouxe a democracia" e questiona "quantas vezes a democracia fora interrompida por golpes, mandos e desmandos". O movimento ainda alega que os republicanos "eram aqueles que queriam a continuação do regime escravocrata".
"Sendo assim vamos libertar o Brasil de um jugo que há 114 anos o entorpece em seu crescimento e sua soberania como nação", diz um manifesto da Casa Imperial, que ainda afirma que a família imperial brasileira ainda é tida como "a reserva moral da nação".
Num plebiscito em 1993, os brasileiros escolheram qual sistema político o Brasil deveria seguir: presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia. Apenas 13,4% dos votos válidos foram para a monarquia. Dentre os que escolheram a república, 55,4% dos eleitores optaram por manter o presidencialismo como forma de governo.
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