quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jogador de volei bicha. Gayzismo militante contra-ataca e interpretação da Bíblia. Efésios 6, 5.


Em um debate na internet sobre o caso do jogador homossexual que foi chamado de “bicha” pela torcida, me veio um rapazinho, obviamente gayzista militante, dizer o seguinte;

Mas como estes héterosexuais são ignorantes... o preconteito não está na palavra em si e sim no tom perjorativo que foi usado... suas antas! Um exemplo comparativo... uma namorada branca e seu namorado moreno, quem nunca ouviu um "meu pretinho, meu neguinho?" E como não foi usado em tom perjorativo não houve ofensa, logo não há preconceito racial... entre os homossesuxais é comum a utilização desses termos porém o tom perjorativo não é usado... e para aqueles que gostam de uma bíblia, leiam o Efésios 6,5. A mesma bíblia que vcs dizem abominar o homossexualismo faz apologia à escravidão... se vc é moreno ou afro descendente leia e pense duas vezes naquilo em que vc acredita!

Bom, tirando os erros grosseiros de português e de pontuação, erros que nem fico levando muito a sério na internet, já que por aqui todo mundo acha que pode escrever como bem entende, me vieram uma série de questões sobre o que ele escreveu.

Primeiro ele começa dizendo “Mas como estes héterosexuais são ignorantes...”, ou seja, eles já criaram uma classe específica pra eles e tem a certeza de que está certo. Somos ignorantes porque não compartilhamos da mesma ideia (ignorância) deles.

Segundo: “o preconteito não está na palavra em si e sim no tom perjorativo que foi usado...”, na verdade o preconceito está na cabeça de quem ouve. Quando me chamam de branquelo, por mais que queiram ser preconceituosos comigo, eu não estou me lixando pra isso. Outra forma de acontecer é de ser preconceito mesmo. E daí? Por acaso o mundo sobrevive ou teria chagado aqui sem preconceitos? É preciso, sim, ter preconceitos, mas os preconceitos precisam ser contra ideias e não contra pessoas. Quando se tem preconceito contra pessoas ai a coisa é feia e eu serei o primeiro e ser contra.

Viria-me um qualquer dizer: mas nesse caso do jogador de volei seria preconceito contra a pessoa. Pode até ser, o problema é que o ato que ele e tantos outros julgam normal, não é normal, e gera uma série de reações na sociedade como um todo. Ai está o ato, a ideia, não a pessoa. Obviamente que o ataque vai parecer sempre pessoal, mas nem sempre o é. Com ele não seria diferente. Achar que é possível controlar a massa quando ela perde o controle é besteira. A massa é controlável quase sempre, desde que você não perca suas rédeas. Nosso governo petista sabe bem disso.

O rapaz se sentiu ofendido porque imputaram a ele uma atitude que ele tem? Sentiu-se ofendido porque não gosta do adjetivo “bicha”? Ou se sentiu ofendido porque foi a forma que achou de chamar atenção para sua “causa”? Sinceramente fico com a terceira.

Vamos parar com essa história de politicamente correto e de não poder usar as palavras no sentido que elas tem. Existem palavras nos dias de hoje que quando são ditas tem um efeito pior do que revólver em escola pública. Se chamar preto de preto é preconceito. A vida inteira preto foi preto, agora tem que ser afro-descendente. Gordo sempre foi gordo, agora ser chamado assim é discriminação, então vamos chamá-lo de forte. Bicha sempre foi bicha, agora tenho que chamar de homoafetivo porque? Menos melindre, por favor!

O terceiro ponto e que mais me chamou atenção pela ignorância e má-fé foi esse: “e para aqueles que gostam de uma bíblia, leiam o Efésios 6,5. A mesma bíblia que vcs dizem abominar o homossexualismo faz apologia à escravidão...

A figura sequer tentou entender a passagem. Não vou nem ficar aqui digladiando sobre a questão de que não nos cabe interpretar as escrituras (II Pd. 1, 20), mas vou falar sobre a passagem de Efésios 6,5, vamos a ela;

1Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo.
2 O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe,
3 para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16).
4 Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.
5 Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo,
6 não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus.

Ler versículos separados do contexto só piora a situação da interpretação que não devia ter sido feita. A passagem inteira menciona a questão da submissão aos seus superiores hierárquicos, coisa que está inclusa no 4º mandamento da lei de Deus. Um mundo sem submissão hierárquica seria um mundo anárquico, e, consequentemente, uma zorra total.

Claro que o indivíduo não leu a parte do “coração sincero, como a Cristo”, isso seria pedir demais pra quem quer deturpar tudo e deixar de acordo com sua ideia torpe de mundo.

Ao acaso não deveríamos obedecer nossos patrões, obviamente sem atingir nossa dignidade, que não é a que está colocada ai, nem atingir aos mandamentos de Deus. Mas que tem que ter submissão isso tem sim! O problema é que a palavra submissão parece trazer consigo uma carga muito pesada. De novo o politicamente correto. Palavras não tem carga, o que tem carga é a cabeça pequena de quem as ouve. O contexto tem carga. O contexto deve levar à verdade e a verdade deve sempre ser dita.

4 comentários:

Ari disse...

Tão bom
Gostei tanto

Felipe Domingues disse...

Bicha é um termo inventado para ofender os homosexuais ou gays...

Gordo é gordo.. mas como começou ser usado como pejorativo contra aqueles que não atendem a estetica de uma uma sociedade rotulista, para um individuos PERFEITOS, faz com que qualquer um se sinta intimidado ou diminuido por isso!

Imagine uma criança gorta ouvindo isso de outros colegas... colegas esses que viram pessoas próximas a eles usando esse termo para reprimir alguém e julgou isso uma coisa normal e assim passará adiante numa onda de discriminação

Branquelo? Foi o pior e mais mediucre exemplo que você poderia ter usado... se "braquelo" fosse algo que a sociedade considerasse como anormal, e você crescesse ouvindo isso como um processo tralmatico durante toda sua vida, ai sim você poderia saber o que é discriminação e como isso pode atingir aos que sofrem com esses maus tratos... como você não sabe.. usa esse tipo de exemplo sem nossão e fica ai falando como se uma multidão gritando de forma OFENCIVA contra uma pessoa você julgada exagero.

Isso aqui não passa de um texto disciminatório que você tentou maquiar com um incabilvel falso moralismo!

Espero que você deixe esse comentário bem visivel no seu blog.. afinal.. como você disse comentário é comentário não é?

Emanuel Jr. disse...

Bom, como você pode perceber, o comentário está ai, não deixo de postar nada em meu blog. Comentário é comentário, só que existem comentários como o que você acabou de fazer que são vergonhosos, mas está ai.

A questão é a seguinte: tudo o que você considera que é ofensivo só o é porque as pessoas são bastante melindrosas. E elas são melindrosas antes que o comentário seja ofensivo. Se pensar em uma linha do tempo seria: melindre - geração do comentário ofensivo, ou seja, primeiro temos o melindroso, depois o comentário que não era ofensivo passa a ser.

Então, antes de me chamar de falso moralista, pelo menos escreva algo que valha a pena.

P.S.: moralista eu aceito.

Luciano disse...

Sou negro e me chamar de preto não é ofensa minha namorada e branca e me chama de meu nego, meus amigos e as pessoas boas que eu conheço me chamam de negão, e pra mim tudo bem. Agora se me chamam de macaco, picolé de asfalto,urubu e etc ai a conversa muda, simplismente xingo o meu ofensor de coisa bem pior e pronto, eu so me sentiria discriminado se meus direitos fossem violados pelo simples fato de eu ser negro, o que graças a deus nunca aconteceu.