terça-feira, 18 de março de 2008

Fábula Moderna ou Olha o Lula-lá


Tudo anda um pouco corrido demais e por isso acabei não continuando as refutações quanto ao voto do Ministro Carlos Brito, mas continuarei na semana que vem, principalmente porque logo virá o voto do Ministro Menezes Direito e pretendo não precisar refutar tanta coisa.


Enquanto isso, só para que nada fique tão parado assim, e tenhamos um momento de descontração, lembrando sempre o que diz a Dourina Social da Igreja e comparando com o que vem sendo feito por nosso Governo Federal.

Concepção: Prof. Alessandro Lima. Arte: Emerson H. de Oliveira.


Fábula Moderna


Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:

“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?”

“Eu não”, disse a vaca.

"Nem eu”, emendou o pato.

"Eu também não”, falou o porco.

"Eu muito menos”, completou o bode.

"Então eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.

“Quem vai me ajudar a colher o trigo?”, quis saber a galinha.

“Eu não”, disse o pato.

"Não faz parte de minhas funções”, disse o porco.

"Não depois de tantos anos de serviço”, exclamou a vaca.

"Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego”, disse o bode.

“Então eu mesma colho”, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma. Finalmente, chegou a horade preparar o pão.

“Quem vai me ajudar a assar o pão?” indagou a galinha.

“Só se me pagarem hora extra”, falou a vaca.

"Eu não posso por em risco meu auxílio-doença”, emendou o pato.

“Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão”, disse o porco.

"Caso só eu ajude, é discriminação”, resmungou o bode.

“Então eu mesma faço”, exclamou a pequena galinha. Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:

“Não! Eu vou comer os cinco pães sozinha."

“Lucros excessivos!”, gritou a vaca .

"Sanguessuga capitalista!”, exclamou o pato.

“Eu exijo direitos iguais!”, bradou o bode.

O porco, esse só grunhiu. Eles pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.

Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha:

“Você não pode ser assim egoísta.”

“Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor”, defendeu-se a galinha.

"Exatamente”, disse o funcionário do governo.

“Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser. Mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada”.

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou:

“eu estou grata”, “eu estou grata."

Mas os vizinhos sempre se perguntavam por que a galinha nunca mais fez um pão.

Um comentário:

R. B. Canônico disse...

Essas charges sobre aborto estão demais! Uma melhor do que a outra!

Aguardo ansiosamente o fim da refutação do ministro Ayres Britto!

Abraços!