terça-feira, 18 de julho de 2017

Ataque à livre expressão no Facebook.

Todos nós sabemos e não é novidade para ninguém, que na rede social Facebook inúmeras páginas são publicadas para divulgar conteúdos católicos, além de outros tantos conteúdos com todo tipo de gente seguindo ideologias nascentes ou das mais antigas. Entretanto, na noite de segunda-feira (17/07/17), muitas das páginas católicas (eu não tinha notícia de páginas de outro conteúdo até o momento em que escrevi esse texto) foram bloqueadas ou excluídas sem um prévio aviso. Essa informação veio dos próprios administradores e de muitos dos seguidores que não encontraram a página no dia seguinte.

Entre tais páginas está a fanpage "Papa Francisco Brasil", que conta com mais de 4 milhões de seguidores. O seu administrador, Carlos Renê, contou que percebeu “que a página foi tirada do ar por volta das 22h do dia 17 de julho”.

“O único aviso do Facebook foi uma mensagem do topo da página ‘Your Page has been unpublished’ (Sua Página foi removida), dando uma opção para contestação, já fiz isso, mas até agora a página permanece bloqueada”, declarou o administrador daquela fanpage.

Outra página católica de grande alcance no Brasil que também ficou fora do ar é "Nossa Senhora Cuida de Mim", que em julho ultrapassou os 3 milhões de seguidores.

Também ficaram fora do ar as páginas: Meu Imaculado Coração triunfará, Essência e Luz, Clássicos da Música Católica, Nossa Senhora, Belezas da IgrejaCatólica, Virgem Maria e Santas, Ore espere confia, Uma oração e o coração se acalma, God de Portugal, My Mother Mary dos EUA, entre outros.

Na rede social, a página Sou Feliz por ser Católico (a) publicou uma nota de repúdio a esses acontecimentos, na qual pede que “todos os católicos não se calem, enviem mensagem ao Facebook solicitando o retorno das páginas e o respeito ao nosso direito de crença religiosa”.

O mesmo pedido foi feito por Padre Augusto Bezerra, para o qual, “se isso for verdade e as páginas católicas estiverem sendo excluídas, é algo preocupante”. O sacerdote listou 21 páginas católicas que foram bloqueadas ou banidas da rede social nas últimas 24 horas.

Praticamente todas as semanas temos relatos de coisas do tipo. Claro que nunca houve um ato de censura por parte do Facebook com tão grande abrangência. Pelo menos da minha parte, que sou bem ativo no Facebook, não tenho notícias.

A grande questão é que as redes sociais, entre elas o Twitter e o próprio Facebook, ainda não entenderam ou se fazem de desentendidos quando pensam que são meras empresas de publicidade. 

Empresas como Facebook tem o poder de escolher o que você e eu vamos ler e o que vamos entender dessas leituras. Eles têm o poder até de escolher o que é mais relevante o que é menos relevante. Um poder como esse não pode ficar absolutamente nas mãos de uma única empresa ou mesmo de uma única pessoa. Especialmente quando se sabe que essa única empresa e essa única pessoa tem uma grande afinidade com ideologias totalitárias.

Sim, estou afirmando, como muitos já o fizeram, que o Facebook e seu proprietário majoritário tem afinidade com ideologias totalitárias especialmente com socialismo.

Isso fica muito claro quando a empresa censura páginas que vão de encontro com que ele pretende difundir. Por mais que se queira esconder, é muito fácil perceber o quanto páginas ligadas à esquerda tem facilidade de se manter na rede social e difundir mentiras deslavadas e até ataques pessoais, e páginas que se dizem e se mostram de direita, conservadoras, católicas ou simplesmente que tentam confrontar o socialismo, rapidamente e frequentemente "caem". 


Empresas como Facebook hoje são a fonte de renda de um sem número de outras empresas. É dentro do Facebook que várias pessoas garantem o próprio sustento e uma renda que muitas vezes supera em muito o que ganhavam sendo empregados aqui ou ali. O que acontece dentro dessa rede social não pode ficar a cargo dos devaneios ideológicos desse ou daquele. Muitas vezes é preciso que o estado, normalmente através do Poder Judiciário, interfira e garanta o direito à liberdade de expressão. Pelo menos é necessário que o estado faça o que for possível, uma vez que a empresa Facebook é maior e mais influente que muitos estados por aí.

Enfim, censura dentro das redes sociais não é simplesmente um direito que é dado aos proprietários dessas metaempresas. Essas empresas já ultrapassaram muito o que se chama livre mercado e na verdade elas sobrevoam o mercado e fazem dele o que querem. 

Sempre fui a favor do mínimo de intervenção estatal possível, entretanto o mínimo de intervenção estatal possível não significa intervenção nenhuma. O estado não é algo desnecessário. Ele simplesmente não é tão necessário quanto muitos pensam. Em casos como esse a intervenção estatal, com toda sua força e mão pesada, precisa garantir o direito à livre expressão.

Nenhum comentário: