O país parece que está querendo entrar em ebulição. Obviamente que as greves que pululam por todo o território nacional, especialmente as greves do funcionalismo público federal tem caráter político. Ora, como não? Toda greve de funcionalismo público tem caráter político.
O que me estranha é acharem que essa afirmação que acabo de fazer é algo ruim. Não é!
Em primeiro lugar se não fosse de caráter político não acontecia no ano eleitoral majoritariamente. Em segundo lugar, ser político não significa que é ilegal, imoral ou engorda, muito menos que não serve para reivindicar direitos legítimos.
Vou receber pedradas com o que vou defender agora, contudo peço que leiam até o final para saberem o que realmente quero dizer. Pra mim, juridicamente pensando, raciocinando e doutrinariamente analisando, greve de funcionalismo público, qualquer que seja, é sempre ilegal. Ilegal porque se é público é sempre serviço fundamental, pelo menos devia ser se não estivéssemos em um Estado com caráter socialista, mas isso é outro assunto.
Vamos aos exemplos: educação, saúde, segurança pública, previdência pública (INSS), Justiça Federal e Eleitoral, INMETRO e por ai vai, todos serviços essenciais. Como que a greve pode ser legal com serviços essenciais? Pois bem, em outro prisma como o funcionalismo público poderá reivindicar alguma coisa senão com greve? Como conseguir cumprir pelo menos a lei de pisos salariais das diversas categorias se não houver pressão política através de greve, primordialmente em ano eleitoral? Impossível a meu ver.
Vira um impasse a situação, portanto. Que sejam feitas paralisações e greves e que o governo federal do PT, endurecido pelo poder ou apenas mostrando o que realmente sempre foi (tese mais plausível), desça um degrau apenas do pedestal em que pensa estar suspenso e negocie.
Para o deleite de muitos de vocês, ai vai uma parodia da música "Viva a sociedade alternativa", de Raul Seixas para ver se a Dilma negocia.
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