Uma autoridade do Japão bebeu água coletada na usina nuclear de Fukushima, que teve seus reatores danificados pelo terremoto seguido de tsunami que atingiram o Japão em março.
Yasuhiro Sonoda, porta-voz parlamentar do gabinete de governo, bebeu o copo de água demonstrando nervosismo depois que jornalistas o desafiaram a provar que a água da região não tem risco de contaminação durante uma entrevista coletiva transmitida pela televisão.
A água bebida pela autoridade foi retirada de poças localizadas embaixo dos prédios de dois reatores da usina danificada. Esta água passou por um processo de descontaminação e já está sendo usada para outros fins, como regar plantas, por exemplo.
Em outro sinal de confiança no plano para conter o vazamento radioativo na usina, as autoridades do Japão informaram que vão permitir que jornalistas visitem a usina no dia 12 de novembro.
Será a primeira vez que jornalistas visitam a área desde o dia 11 de março, quando Fukushima foi danificada pelo terremoto seguido de tsunami.
A zona de exclusão de 20 quilômetros em volta da usina nuclear ainda está em vigor e dezenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas.
Na semana passada, um comitê nuclear criado pelo governo do Japão alertou que o fechamento da usina não será concluído antes de 30 anos.
Segundo o canal de televisão NHK, a Comissão de Energia Atômica prevê para antes de três anos a retirada do combustível utilizado nas piscinas dos reatores 1, 2, 3 e 4, que será levado a uma piscina de armazenamento comum. Os especialistas querem também que o combustível que está no interior do núcleo dos reatores 1, 2 e 3, os mais danificados pelo tsunami de março, comecem a ser retirados antes de dez anos.
Segundo o comitê, passarão pelo menos 30 anos antes que todo o combustível seja retirado e haja condições necessárias para que os reatores da central, que operavam desde a década de 1970, possam ser desativados.
"Não podemos prever uma data para o fechamento da central até a pesquisa ser concluída", disse à NHK um dos especialistas do comitê, o professor Hajimu Yamana, da Universidade de Kioto.
Com BBC e Reuters
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