quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A morte de Eluana. Afirmações que se calam.

No contexto que foi criado em torno da morte de Eluana, incrível como nenhum jornal ou emissora de TV citou que ela morreria de fome e de sede. No Jornal Nacional, da rede Globo, chegaram a citar que seriam desligados os aparelhos. Que aparelhos? Ora, os que forneciam comida e bebida, afinal ela não estava sendo mantida viva por aparelhos, era só um meio mais cômodo e menos trabalhoso de alimenta-la.

Falando em comodismo, foi justamente o que levou o pai de Eluana a pedir a sua morte. Ela vivia e não precisava de aparelho nenhum para continuar vivendo. Precisava apenas de ser alimentada, assim como várias pessoas idosas que não conseguem tomar banho, deitar ou se alimentar sozinhos. Assim como qualquer criança recém-nascida que precisa ser alimentada e cuidada.

O desenlace terreno desta frágil vida, mas vida e não coisa que pode ser jogada fora, que aconteceu enquanto no Senado da Itália se debatia em um projeto de lei para proibir a suspensão da nutrição e hidratação que mantinha a jovem com vida, aconteceu em um situação um tanto quanto estranha.

A morte de Eluana aconteceu enquanto se cumpria o terceiro dia sem alimentos nem hidratação na clínica La Quiete da cidade de Udine.

Claro que não serei eu que direi que é muitíssimo estranho que uma pessoa morra de sede e fome em três dias e justamente um dia antes de ser proibida a sua eutanásia, ou assassinato, como preferirem.

Nunca serei capaz de afirmar que podem ter acelerado a morte de Eluana, já que perceberam que um dia depois isso seria terminantemente proibido e considerado assassinato, como realmente é.

Os bispos italianos haviam pedido repetidas vezes que ela fosse mantida viva, pois não dependia de máquinas para viver, mas unicamente do fornecimento de alimentação e hidratação.

Obviamente que eu não faria tais afirmações. Isso seria calúnia. Não estou afirmando nada. Não digo também que a imprensa foi omissa ao omitir que as irmãs Misericordinas , que dela cuidaram por 14 anos , pediram à família que deixassem que Eluana ficasse com elas , que elas se ocupariam de tudo e , ainda , sugeriram que os familiares não a visitassem mais , mas que a deixassem viver. Claro que o pedido foi , terminantemente , recusado.

Muito menos vou dizer que a imprensa brasileira simplesmente mascarou os fatos ao dizer que ela estava ligada a aparelhos que a mantinham viva. Mentira! Todas suas funções vitais estavam em perfeito estado. Ela só precisa de alguém que lhe desse comida e bebida e cuidasse dela. Claro que os pais estavam muito ocupados para isso, não é?

Está claro que eu não afirmaria que essas coisas, inclusive a rapidez da morte de Eluana, foram coisas planejadas. Isso seria calúnia e calúnia parece ser mais importante que a vida, nesse caso. Mas que parece parece.

3 comentários:

R. B. Canônico disse...

Emanuel, indiquei seu blog para o selo Blog de Ouro: http://minhavereda.blogspot.com/2009/02/blog-de-ouro.html

Abraços!

Anônimo disse...

Olá... Após algumas pesquisas no google e alguns links, caí em seu blog. gostei muito deste post... você tem os links das fontes que utilizou para escrevê-lo? gostaaria de escrever algo em meu blog também, e lhe citar, claro.

Meu nome é Luis, participo de um projeto que se chama Vivo Pela Vida.
Após realizarmos alguns trabalhos contra o aborto, vimos que não adianta lutar pela vida se nós não acreditarmos nela.
Criamos então o http://www.vivopelavida.com.br

Tentamos utilizar a internet para falar de um jeito diferente sobre a vida, da maneira descontraída e bem humorada possível...
Visite e confira...

Emanuel Jr. disse...

Luis Vinicius do Nascimento, me diga exatamente quais as fontes você precisa que lhe passarei, ok?