quarta-feira, 11 de novembro de 2009

12 razões para o crucifixo na escola e para a liberdade.

Lendo meus e-mails ontem, vi que tinha no informativo do ZENIT com o mesmo título e ali algo que me interessava. Todos sabem que no Tribunal Europeu para os Direitos Humanos a luta tem sido dura com relação entendimentos do vem a ser liberdade religiosa e a conseqüente retirada dos crucifixos das salas de aula das escolas italianas.


Bem, um grande historiador chamado Martin Kugler, afirma que: “A verdadeira liberdade religiosa não é a liberdade da religião”, em resposta à decisão daquela Tribunal.


Kugler, que é diretor da rede de defesa dos direitos humanos Christianophobia.eu, com sede em Viena, ofereceu nada menos que 12 teses que mostram o pensamento absolutamente equivocado do dito Tribunal que decidiu a favor de uma mãe ateia que protestou pelos crucifixos pendurados na escola dos seus filhos.


“O direito à liberdade religiosa pode significar somente seu exercício, não a liberdade de confrontar; o significado de ‘liberdade de religião’ não tem nada a ver com a criação de uma sociedade ‘livre da religião’”


“Eliminar à força o símbolo da cruz é uma violação, como seria obrigar os ateus a pendurarem este símbolo.”


“A parede branca também é uma declaração ideológica, especialmente se nos primeiros séculos não podia estar vazia”.


“Um Estado neutro com relação aos valores é uma ficção frequentemente utilizada com um objetivo de propaganda.”


Para Kugler, decisões como a do Tribunal europeu atacam realmente a religião, ao invés de lutar contra a intolerância religiosa que é um mau que assola as sociedades como um todo, não só a européia. No lugar de lutar contra esse mau o Tribunal simplesmente joga metanol nas chamas já acesas. Alfineta e ferida aberta.


“Não se pode combater os problemas políticos lutando contra a religião. O fundamentalismo antirreligioso se torna cúmplice do fundamentalismo religioso quando provoca com a intolerância.”


“A maior parte das pessoas afetadas gostaria de manter a cruz – declara. É também um problema de política democrática, dando descaradamente prioridade aos interesses individuais.”


Retomando os argumentos propostos pelo governo italiano em defesa dos crucifixos nas salas de aula, Kugler indica que “a cruz é o Logos da Europa; é um símbolo religioso, mas também muito mais que isso”.


Interessante como pais ateus podem se sentir violados e entender que a educação de seus filhos vem sendo vilipendiada devido a uma cruz na parede de uma sala de aula, mas eu não posso me sentir extremamente insatisfeito e ferido por ter a foto de um presidente a meu ver incompetente e corrupto, o qual eu não votei, na parede de uma repartição pública ou dos Correios (uma empresa de economia mista).


Tudo se trata de questão de democracia, se assim querem ver. Prefiro olhar para outros lados. Da minha parte o religioso, claro, e também o histórico. A cruz faz parte da história da humanidade ocidental. Ela contém um teor histórico de uma enormidade sem tamanho. Será que isso não é educação? Parece que não. Esquecem o que contém no símbolo e só levam em consideração a primeira impressão, que, decididamente não deve ser a que fica.

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