segunda-feira, 19 de julho de 2021

Apostolicam Actuositatem e o apostolado leigo nas famílias (parte 02)

Continuando com nossa sequência sobre o Decreto Apostolicam Actuositatem do Concílio Vaticano II, temos o seguinte.

O que na Igreja podemos chamar de apostolado conjugal, que nada mais é do que exercer essa vocação de pai, mãe, filho e irmão dentro de uma família, é algo de uma importância tão singular que não só a Igreja reconhece como a própria sociedade civil também.

Apesar de tantas tentativas de destruir a família que temos visto diariamente em várias frentes, é inegável que ela, a família, é o que sustenta qualquer sociedade de pé e equilibrada. Inclusive, é por isso que é tanto atacada, não percamos isso de vista. Infelizmente há grupos que entendem que a sociedade precisa primeiro implodir, ou seja, ser totalmente destruída, pra que depois eles a possam reconstruir como acharem que deve. Isso não vai acontecer, mas precisa do nosso empenho diário. Isso também não é mera teoria da conspiração, tem sido avisado a a anos por essas mesmas pessoas que tem esses planos, mas nós sempre achamos que o problema é menor do que realmente é e que isso nunca chegará até nós. Pois bem, chegou e está tomando conta.

A sociedade civil, e mesmo o Estado, entende que a família é algo tão importante que sem ela a sociedade se corrompe e acaba. Independente de o Estado reconhecer ou não a religião, independente de a sociedade civil ser católica, muçulmana, budista, judia ou atéia, a instituição familiar sempre foi entendida como aquilo que mantém a sociedade de pé e equilibrada e isso acontece desde as sociedades primitivas. Não há qualquer tipo de discussão sobre esse assunto que não seja concordando com esse ponto. 

Um grande apostolado começa com o primeiro passo e o primeiro passo não costuma ser um passo com tanto glamour ou cheio de adereços. O primeiro passo costuma ser simples, sincero e com grande expectativa de resultados. O primeiro passo para um bom apostolado dentro da família é fazer o simples, ou seja, o mais ordinário que um pai, uma mãe ou um filho podem fazer que é serem cooperadores da graça e testemunhas da fé um perante o outro. Não há como partir de outro ponto. É preciso que os filhos vejam e sintam essa cooperação dos pais para a graça para que possam ter ciência do que é e como é, para depois também serem esses cooperadores. 

Trabalhamos com o simples. Pais que exigem a presença dos filhos na catequese e nunca aparecem na Igreja não podem cooperar com nada, muito menos testemunhar a fé para os filhos. Filhos que não se esforçam para ver nos pais aqueles que querem sua santidade e apenas busca sugá-los de forma egoísta e autorreferente não tem como cooperar com nada nem ser testemunhas de nada que seja bom. O trabalho dentro da família começa com o mínimo, ou seja, respeito, bom senso, intimidade na graça para que possam encontrar a sua vocação e segui-la.


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