sexta-feira, 11 de julho de 2014

Declaração da Conferência Nacional dos Bispos Católicos dos Estados Unidos da América acerca do movimento "Católicas pelo direito de decidir"


Nova Iorque, 11 de maio de 2000,

Nos anos recentes e especialmente nos últimos meses, uma organização autodenominada “Catholics for a Free Choice” (Católicas pelo Direito de Decidir), uma Organização Não Governamental com sede nos Estados Unidos, tem defendido uma mudança no ensinamento da Igreja Católica a respeito do aborto e da contracepção artificial.

Visto que essas atividades podem causar confusão a respeito da posição que a Igreja Católica tem sempre mantido nesses pontos, a Missão de Observador Permanente da Santa Sé deseja chamar atenção à declaração relativa às “Católicas pelo Direito de Decidir” (Catholics for a Free Choice), editada em 10 de maio de 2000, pelo Conselho Nacional de Bispos Católicos dos Estados Unidos:

DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS CATÓLICOS DOS ESTADOS UNIDOS
Por muitos anos, um grupo autodenominado “Católicas pelo Direito de Decidir” (Catholics for a Free Choice - CFFC), tem publicamente defendido o aborto ao mesmo tempo que diz estar falando como uma autêntica voz católica. Esta declaração é falsa. De fato, a atividade do grupo é direcionada para rejeitar e distorcer o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devida à defesa da vida humana do nascituro indefeso.

Em algumas ocasiões a Conferência Nacional dos Bispos Católicos [dos Estados Unidos] (NCCB) declarou publicamente que a CFFC não é uma organização católica, não fala em nome da Igreja Católica e, de fato, promove posições contrárias ao magistério da Igreja conforme pronunciado pela Santa Sé e pela NCCB.

A CFFC é, praticamente falando, um braço do “lobby” do aborto nos Estados Unidos e em todo o mundo. É um grupo de pressão dedicado a apoiar o aborto. É financiado por algumas poderosas e ricas fundações privadas, principalmente americanas, para promover o aborto como um método de controle da população. Esta posição é contrária à política existente nas Nações Unidas e às leis e políticas da maioria das nações do mundo.

Em sua última campanha, a CFFC assumiu um esforço concentrado de opinião pública para acabar com a presença oficial e silenciar a voz moral da Santa Sé nas Nações Unidas como Observador Permanente. A campanha de opinião pública tem ridicularizado a Santa Sé com uma linguagem que lembra outros episódios de intolerância anticatólica que a Igreja Católica sofreu no passado.

Como os Bispos Católicos dos Estados Unidos têm afirmado por muitos anos, o uso do nome “Católica” como uma plataforma de apoio à supressão da vida humana inocente e de ridicularização da Igreja é ofensivo não somente aos católicos, mas a todos que esperam honestidade e franqueza em um discurso público.

Assim, declaramos outra vez com a mais forte veemência:

“Por causa de sua oposição aos direitos humanos de alguns dos mais indefesos membros da raça humana, e porque seus propósitos e atividades contradizem os ensinamentos essenciais da fé católica, [o Movimento] 'Católicas pelo Direito de Decidir' (CFFC) não merece o reconhecimento nem o apoio como organização católica” (Comitê Administrativo, Conferência Nacional dos Bispos, 1993).

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