Hoje recebemos pelos meios de comunicação menos ortodoxos possíveis (vide: Globo, SBT, Record, GloboNews e outros do gênero) que foi preso na tarde de ontem, dia 23/09/14, Jozef Wesolowski, ex-núncio apostólico em Santo Domingo, na República Dominicana. Já condenado previamente pelo tribunal da Doutrina da Fé, ele não é mais clérigo e perdeu também a imunidade diplomática.
A Gendarmaria do Vaticano, equivalente à polícia, no caso a polícia federal, o levou para uma cela depois de notificá-lo das acusações sobre casos de abusos sexuais cometidos por ele quando exercia as suas funções diplomáticas na América Central.
Devido à sua situação de saúde que não é nada boa, o ex-núncio Wesolowski deverá cumprir a pena em prisão domiciliar conforme noticia tanto as agências seculares quanto as mais confiáveis em questão religiosa. Em comunicado à imprensa, o Vaticano informa que todo o processo está se realizando em conformidade com as ordens dadas pelo papa Francisco, que não quer demoras nesse tipo de caso.
A notícia é de extremada importância uma vez que as acusações contra a Igreja de que não faz nada ou deixa o assunto por debaixo do tapete, cresce, mesmo sem qualquer motivo para se disseminar, entretanto, quando se trata de Igreja Católica sabemos bem como funcionam as coisas.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, afirmou em comunicado enviado aos meios de comunicação credenciados que “O promotor de Justiça do Tribunal de primeira instância da Cidade-Estado do Vaticano convocou o ex-núncio Wesolowski devido à acusação a cujo respeito já tinha sido iniciada uma investigação penal”.
“O prelado, já condenado em primeiro grau pela Congregação para a Doutrina da Fé, tinha sido reduzido ao estado leigo após um processo administrativo penal canônico”. O padre Lombardi acrescenta que o ex-núncio Wesolowski “foi agora notificado das acusações do procedimento penal por graves casos de abusos contra menores, cometidos na República Dominicana”.
“A gravidade das acusações levou o departamento de investigações a tomar uma medida restritiva. Devido à situação de saúde do imputado, comprovada pela documentação médica, a medida consiste em prisão domiciliar com as devidas limitações, em locais situados no interior da Cidade-Estado do Vaticano”.
Padre Lombardi encerra informando que: “A iniciativa tomada hoje pelos órgãos judiciais do Vaticano segue a vontade expressa do papa Francisco de que um caso tão grave e delicado seja enfrentado sem tardanças, com o justo e necessário rigor, com as instituições da Santa Sé conscientes da sua responsabilidade”.
Bom, agora é esperar pra saber se realmente o caso correrá ou andará. Pelo Papa Francisco, assim como no que dependesse do seu antecessor Bento XVI, esses casos não só correm como voam. As investigações precisam ser feitas, contudo o julgamento antecipado que muitos fazem deve ser evitado e é preciso que se tenha o máximo de temperança nesse tipo de situação, coisa que a Santa Sé sempre foi, a despeito do que contam nossos tendenciosos livros de história.
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