Parece absolutamente surreal, ou mesmo história de terro de muito mal gosto, contudo não é mais que a verdade em um mundo dominado por um terror que não vem de questões religiosas, mas políticas.
A sudanesa Meriam Yehya Ibrahim foi castigada a chicotadas por adultério porque o seu casamento com um cristão não é reconhecido pela lei.
Isso mesmo, não erros na notícia que pode ser visualizada e confirmada em vários meios, menos os principais, já que a esses não interessa mostrar um perseguição tão brutal a cristãos.
Aliás, alguém que está lendo esse texto já ouviu em algum jornal de grande circulação ou mesmo da grande mídia televisiva algo que sobre massacre de cristãos na Índia, Sudão e outros países muçulmanos ou budistas. Provavelmente não, não é? E nem vão ouvir porque não interessa difundir esse tipo de informação.
A mulher sudanesa tem 27 anos e está grávida de oito meses. Foi condenada à morte por ter se convertido do islã ao cristianismo depois de se casar com um cristão do Sudão do Sul. Além disso, Meriam Yehya Ibrahim foi açoitada pelo delito de adultério, já que o seu casamento com um cristão não é considerado válido pela lei islâmica.
Segundo a agência AFP, o juiz que a condenou teria declarado à mulher: "Nós demos três dias para você se retratar, mas você insiste em não retornar ao islã. Por isso, eu a sentencio ao enforcamento". A sentença de morte, no entanto, não seria executada até que a mulher se recuperasse do parto. Segundo alguns meios de comunicação locais, a execução poderia ser adiada para até dois anos depois do nascimento do bebê.
Ah, então tudo bem, já que ela vai ser morta só depois que a criança nascer e tiver em segurança junto a sociedade que a matou por liberdade religiosa.
Atualmente, Meriam Yehya Ibrahim está presa com seu primeiro filho, que tem 20 meses. Em 11 de maio, um tribunal de Cartum a condenou à morte por apostasia e aos açoites por adultério.
A mulher não retornou ao islã depois de receber a ordem de fazê-lo em até três dias. De acordo com a Anistia Internacional, ela foi presa e acusada de adultério em agosto de 2013 depois que um parente a denunciou por adultério com base no fato de ela ter se casado com um cristão.
A maravilha de tudo isso é que a ONU e outros organismos internacionais estão bastante preocupados em tirar crucifixos de Tribunais, mas não estão preocupados que esses Tribunais condenem uma pessoa, mãe de duas crianças uma de dez meses e outra faltando um mês para nascer. Porque mexer nesse tipo de coisa, não é? Um crucifixo em um Tribunal é muito mais atentatório.
O tribunal acrescentou a acusação de apostasia em fevereiro de 2014, quando Meriam afirmou ser cristã e não muçulmana. Ela afirma ter sido educada como cristã ortodoxa, a religião de sua mãe, porque o pai, muçulmano, esteve ausente durante a sua infância.
O código penal do país contempla, no artigo 146, um máximo de 100 chicotadas por adultério. O artigo 126 prevê a pena de morte para as negativas de renunciar à fé cristã. Ouçam e leiam bem, renunciar à fé cristã. Não falamos de outra, mas da cristã.
A Anistia Internacional declara que "considerar o adultério e a apostasia como delitos de natureza penal é contrário ao direito internacional e aos direitos humanos. O Sudão faz parte do pacto internacional sobre direitos civis e políticos". Para a Anistia Internacional, Meriam Ibrahim "é uma prisioneira de consciência, condenada apenas por causa da religião que escolheu e deve ser libertada imediatamente e sem condições".
A Anistia internacional assim manifesta, mas onde estão as pressões que devem ser feitas sob um país como esse? Por matar cachorros se faz um escândalo, por matar pessoas por motivo de consciência, nada.
No dia 15/05/2014, em Roma, as luzes do Coliseu se apagaram para dar destaque às velas das pessoas que se reuniram no milenar monumento para pedir pelos cristãos perseguidos. Justamente o Coliseu, o lugar onde milhares de cristãos pelos primeiros séculos foram martirizados, como é o caso dessa jovem mãe.
Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Santo Egídio, explicou à Rádio Vaticano que, "lamentavelmente, são muitos os lugares onde esse tipo de liberdade religiosa não é reconhecida, assim como nem sequer o direito à conversão. Nós nos dirigimos aos nossos irmãos muçulmanos e pedimos à parte mais iluminada dentre eles, que é a grande maioria, para trabalhar junto conosco a fim de garantir a todos esse direito fundamental, pelo qual a Igreja vem padecendo muito".
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