Por Sergio Mora
ROMA, 02 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O secretário de Estado é o principal colaborador do papa. Ele é o chefe da Secretaria de Estado, o dicastério, ou espécie de ministério, mais importante da Cúria Romana, encarregado de organizar, fazer as nomeações e dirigir as atividades dos outros dicastérios.
O papa está acima da cúria, e, dentro dela, o secretário de Estado é o “número um”. Até 15 de outubro, o cargo será exercido pelo cardeal Tarcisio Bertone e depois será assumido pelo arcebispo Pietro Parolin.
O número dois da Secretaria de Estado é o chamado “substituto”, dom Angelo Becciù, e o número três, o “secretário para as Relações com os Estados”, é dom Dominique Mamberti, em cargo correspondente ao de ministro de assuntos exteriores. Na administração ordinária, o que o secretário de Estado assina tem efeito de lei.
Todos os dias, esses dois ministros (o substituto e o secretário para as Relações com os Estados) vão até a primeira “logia”, onde se reúnem com o secretário de Estado e lhe apresentam todas as questões a ser atendidas. Quando são assuntos de tipo administrativo, eles mesmos definem como resolvê-los; quando são fatos novos e é necessário interpretar o modo mais adequado de proceder, o secretário de Estado consulta diretamente o papa Francisco. O secretário de Estado se encontra com o papa cerca de três vezes por semana, além, naturalmente, de quaisquer vezes em que o próprio santo padre o chama.
O secretário de Estado é também chefe da Cúria Romana e preside como tal as reuniões com os chefes dos dicastérios, a não ser que o papa esteja pessoalmente nessas reuniões, como João Paulo II fazia muitas vezes. São reuniões sem datas fixas, que se realizam quando convocadas, duas ou três vezes por ano.
Durante a sé vacante, a Secretaria de Estado é responsável pelas relações da Santa Sé. O secretário de Estado, que perde o cargo com a morte do papa, assume algumas funções de chefe de Estado como parte de uma comissão temporária.
“Parolin é um gigante, um bom sacerdote, de profunda diplomacia, rico em humanidade, além de uma pessoa de vida interior. Não é um carreirista, é um homem de Deus”, afirmou a ZENIT um prelado que preferiu não se identificar. E precisou que “o papa Francisco o conhecia bem porque ele era núncio na Venezuela e participava nas reuniões dos bispos latino-americanos”.
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