quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O Mundo não precisa de práticos. O que há de errado com o o mundo. Parte 2.

Na parte I, segundo tópico do livro "O que há de errado com o mundo", Chesterton coloca uma interessante questão: o mundo está muito prático e o prático não resolve problemas.

A ideia é simples: se o mundo não anda bem, significa que algo está errado. Se algo está errado, não podemos usa de praticidade para resolver o erro, mas sim de uma teoria, ou seja, não precisamos de um prático, precisamos de um teórico.

O prático faz as coisas funcionarem de forma considerada eficiente dentro do conceito de sucesso que se quer alcançar. Mas como o prático pode fazer a coisa funcionar se ela não está dando certo? Se contém um erro? Algo precisa ser mudado, melhorado ou consertado. Para se chegar a qualquer uma das três coisas é preciso parar e pensar em como fazer. Isso um prático não faz, apenas um teórico.

O grande problema é que hoje praticamente não temos teóricos e teoricamente só temos práticos. Inobstante o trocadilho quase infame, não se explica mais a ninguém como pensar. Escolas, universidades e família estão tão preocupados com resultados em um período curto de tempo que não sobra tempo para pensar, para teorizar.

Uma grande questão é que hoje tudo é rápido e... prático. Não é preciso saber como plantar um alface já que pra maioria de nossas crianças e até adultos . alface nasce dentro da geladeira, quando muito nasce na seção de hortifruti do supermercado. Quantos adultos você conhece que ficam na dúvida quando perguntados se melancia dá em árvore ou no chão? Essas coisas são simples questões, mas não são nada práticas. É muito mais fácil e... prático, comprar tudo pronto.

Saindo desse microuniverso e indo para o macro, muita gente em sistemas sociais de estudo simplesmente aceitam o que lhe é empurrado goela abaixo tendo em vista que o importante é o resultado. Não se atém ao fato de que, na verdade o problema está na raiz, na teoria. Se não se aprende a pensar e questionar teoricamente tudo quanto possível, impossível corrigir algo. O prático apenas mantém as coisas funcionando. É preciso o teórico para consertá-las.

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