quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Laos: cristãos seguem detidos “até que renunciem à sua fé”

Fico pensando em quando vou ver ou ler esse tipo de notícia nos grandes jornais. Será que eles pensam que eu quero mesmo saber o que o Arruda amoçou ontem? Que esses católicos não renunciem sua fé, mesmo que isso lhes custe mais do que já lhes custou. Com certeza a recompensa será imensurável. No mais, a (in)tolerância budista tão difundida vai mostrando pra que serve.
SALAVAN, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org). – Um grupo de 48 cristãos, nativos da província de Salavan, ao sul do Laos, estão detidos “até que renunciem à sua fé”, informou nesta sexta-feira a agência católica Ucanews.
 
O governador do distrito de Ta-Oyl ordenou sua detenção após um incidente ocorrido em 10 de janeiro, em que um grupo de cerca de cem oficiais armados irromperam durante uma celebração religiosa dominical, no vilarejo de Katin.

O evento foi denunciado pelo Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF) e pelo International Christian Concern (ICC).

Os oficiais, apontando armas para as cabeças de alguns dos fiéis, exigiram a interrupção do evento, expulsaram os participantes e detiveram 48 pessoas, forçando-os a se deslocarem para um campo improvisado nas proximidades, no qual ainda permanecem detidos.

O governo confiscou seus pertences e destruiu seis de suas casas. Estão impedidos de regressar ao vilarejo, dormindo ao relento e com pouca comida, segundo a ICC.

A organização destacou que os fiéis cristãos se negaram a obedecer às ordens de renunciar à sua fé.
Segundo a HRWLRF, a polícia local organizou barreiras para impedir que os cristãos expulsos pudessem regressar a Katin.

O líder local do povoado declarou, no ano passado, que o “culto aos espíritos” seria a única forma tolerada de culto na comunidade, segundo informou a HRWLFR.

Em 11 de julho de 2009, determinou o confisco do gado dos aldeões cristãos e convocou uma reunião como todos os moradores, na qual declarou que estava “proibida a fé cristã no povoado”.

O Laos, com quase 7 milhões de habitantes, tem população majoritariamente budista (65%). Os cristãos representam 1,5% da população, com cerca de 40.000 católicos. As autoridades comunistas acusam os cristãos de aderirem a “credos importados”, que representariam uma ameaça ao sistema político do país.

A Constituição do Laos, em seus artigos 6 e 30, garante claramente o direito de culto aos cristãos e demais minorias religiosas. A ação representa um retrocesso ao período de perseguições anti-cristãs dos anos 90.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Igualdade dos homossexuais e liberdade: a posição de Bento XVI

Sempre nos vemos discutindo e sendo alvejados por um tema recorrente: homossexualismo. Nunca entendem o que queremos dizer e nos atacam frontalmente de todas as formas. O Papa Bento XVI, no uso de suas atribuições e buscando sempre a verdade, buscou, mais uma vez, salientar o fato. Vejamos a reportagem.
Esclarecimento do porta-voz vaticano
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- O discurso que Bento XVI pronunciou no dia 1º de fevereiro aos bispos da Inglaterra e Gales despertou muitas críticas em jornais e blogs, que acusam o Papa de ingerência, por falar de um projeto de lei britânico sobre igualdade dos homossexuais.
 
 O porta-voz da Santa Sé considera que as palavras do pontífice não foram compreendidas adequadamente, pois “assegurar que a igualdade de oportunidades para todos é um objetivo nobre. No entanto, em certos casos, tenta-se alcançar isso com leis que impõem limites injustos à liberdade das comunidades religiosas para atuar segundo suas próprias convicções”.
 
 “Se estas leis contradizem a lei natural, compromete-se o fundamento que garante a igualdade e, portanto, o direito de desfrutar da igualdade de oportunidades”, esclarece o padre Federico Lombardi, S.J., no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.
 
 O Papa explicou aos bispos britânicos que o país deles “é bem conhecido por seu firme compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade. No entanto, o efeito de algumas das leis destinadas a alcançar esse objetivo tem imposto limitações injustas à liberdade das comunidades religiosas para atuar de acordo com suas crenças”.
 
 Quando o pontífice pronunciou suas palavras, os parlamentares britânicos estavam analisando uma lei radical de igualdade que provocou críticas de vários setores.
 
 Algumas instituições, não só católicas, denunciaram que esta lei, por exemplo, busca que as paróquias os escolas contratem professores de religião que promovam abertamente os comportamentos homossexuais.
 
 As palavras do Papa, segundo o padre Lombardi, “tocam um ponto crítico dos debates sobre a igualdade dos direitos, sumamente atuais em muitos países do mundo; debates que envolvem aspectos fundamentais da visão de homem: o direito à vida, sexualidade, família...”
 
 O sacerdote jesuíta considera que o magistério do Papa “não é uma intromissão da Igreja na dinâmica social e política, mas uma devida – e portanto valente – manifestação de suas posições a serviço do bem comum”.
 
 O porta-voz vaticano cita o rabino chefe das Congregações Judaicas Unidas de Commonwealth, Lord Jonathan Sacks, que, alertando do uso ideológico do tema da igualdade dos direitos, denuncia que pode ser utilizado para atacar as religiões.
 
 No The Times, o rabino escreveu que, “em vez de ver as palavras do Papa como uma intervenção inadequada, deveríamos utilizá-las como estímulo para empreender um debate honesto sobre onde há que situar a linha que separa nossa liberdade como indivíduos de nossa liberdade como membros de comunidades de fé. Uma não se pode alcançar sacrificando a outra”.
 
 Por esse motivo, o padre Lombardi conclui: “não só os católicos veem o problema; é um problema para todos, que se deve enfrentar com honestidade, se quisermos construir juntos uma sociedade melhor”.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Haiti é aqui!

Hoje ouvi pelo rádio, de novo, a notícia de que o dinheiro destinado a resolver parte dos problemas ocorridos em Angra dos Reis na virada do ano, ainda não chegou. Claro que o informe era sobre a verba governamental do governo Federal.

Fiquei pensando o quão incríveis são as pessoas, e o quão manipuláveis também.

Todos os dias, em qualquer jornal seja televisionado de qualquer emissora, pelo rádio ou escrito, ouvimos, vemos e lemos que em tal cidade choveu mais em uma tarde do que era previsto para o mês inteiro. Mesmo assim, mesmo ouvindo isso todos os dias, a notícia ainda é dada de forma alarmante e trata-se a informação como um dado excepcional e fora do controle humano. Mas se acontece todo dia não era previsível?

A mesma coisa com as casas e demais construções erigidas em locais inapropriados. Se você for em qualquer dessas Agências ou Secretarias fiscalizadoras, vão dizer que já avisaram e multaram. Que já estão tomando as providências para a retirada dessas construções e tudo ficará bem. Mais ou menos ao estilo felizes-para-sempre dos contos de fadas. Quem sabe se trata de estórias da carochinha?

Nada de concreto é feito até que desabe tudo. Na verdade de concreto nesse caso só as construções mesmo. Desculpe... foi um trocadilho bem pobre mas eu não resisti.

Aí acontece uma catástrofe como aquela de Angra dos Reis e um mês depois ainda não há um centavo de verba para a reconstrução. Em compensação há horas de discursos do nosso hipertenso presidente e de nossa terrorista pré-candidata.

Por outro lado, cerca de dez dias após Angra dos Reis acontece uma catástrofe de amplas proporções no Haiti. O país fica bem em cima de um encontro de placas tectônicas e ninguém poderia imaginar que um dia isso ia acontecer. Incrível o grau de evolução de nossa ciência! Ou será alarmante?

Nosso amado Brasil, solidário como sempre, já destinou em caráter de emergência o dinheiro para o Haiti. Não que eles não mereçam, claro que merecem, são seres humanos como nós, mas onde ficou a burocracia do dinheiro de Angra? Foi ai que eu descobri que Caetano Veloso sempre esteve certo: O Haiti é aqui!