quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pedidos de intervenção militar.

No dia 29/10/2014 vi uma notícia de capa no Yahoo! Que dizia o seguinte” Pedidos por intervenção militar e socorro: página do Exército bomba após eleições”. Claro que me chamou a atenção. Não a matéria, que nem me lembro o que o jornalista dizia porque opinião de jornalista do Yahoo! e lixo, ainda prefiro o lixo que pode ser reciclado dependendo do estado.

A questão que eu queria ler eram os comentários. Eu já esperava que houvesse um ou outro apoiando, mas não a quantidade que eu li. Vou aqui só colocar alguns que achei na primeira página de comentários, só a primeira página. Não vou ficar colocando as outras que é pra não dizer que eu fiquei catando comentários. Vamos lá.

Com mais de 700 curtidas, aquele que se intitula Christian disse:

“A grande maioria dos que opinam sobre o regime militar (chamado pela esquerda de ''ditadura'') não tem o mínimo de conhecimento da verdadeira história do Brasil.
A chamada ''ditadura'' na verdade foi um regime de exceção, um movimento civil-militar conhecido como Revolução de 64 que impediu, gloriosamente, a implantação de uma ditadura comunista no País.
Ao contrário do que todos afirmam, a democracia jamais esteve na pauta dos grupos terroristas. Nenhum deles lutou pela retomada da democracia. O plano de todos os grupos que atuaram nos anos 60 e 70 para derrubar o regime era implantar a ditadura do proletariado, essa sim uma ditadura real, totalitária e assassina.
O clamor das pessoas de hoje faz sentido, uma vez que a situação atual lembra, em vários aspectos, a do início dos anos 60 durante o governo Jango: instabilidade econômica, corrupção desenfreada, insurgência no campo (MST), tentativa de enfraquecimento das forças armadas, anarquia, entre outros.”

O Luiz, com mais de 200 curtidas, manifestou o seguinte:

“Falta perguntar a Dilma se ela e seus camaradas de guerrilha lutavam pelo retorno às instituições democráticas no país ou para implantar a ditadura comunista inspirada pela revolução cubana? Interessante por que ninguém pergunta diretamente isso a ela? Aqueles que pegaram em armas faziam parte de organizações extremistas e radicalmente a favor do comunismo. Hoje, são mártires. Quando em breve eles transformarem o Brasil num satélite comunista de Cuba, certamente, após fecharem as igrejas, irão inventar a sua própria religião e canonizar os terroristas, guerrilheiros, subversivos não só os que já estão mortos, mas também os que estão vivos e aproveitando a mamata verde-amarela.”

Quanto a esse, eu digo, Luiz, que essa canonização já está acontecendo a muito tempo. A diferença é que canonização de verdade é muito difícil acontecer e só acontece depois da morte. O que vemos é a canonização socialista em vida.

Mas vamos continuar porque tem mais coisa interessante por lá. O usuário chamado Nickname disse o seguinte em letras garrafais, que eu estou tirando pra ficar mais bem formato esse texto:

“Nunca houve ditadura militar no Brasil. O que houve foi um regime militar. Se voce quisesse sair do país você era livre para fazê-lo. Bem ao contrário de Cuba!

Pois é, falou e disse. Um bom argumento esse. Por último, vou colocar uma pequena frase do Ernani, que manifesta uma revolta com a criminalidade e com a corrupção, e pra isso basta ter boa vontade pra entender, o que muitos não vão ter (nesse caso não posso fazer muita coisa).

“Prefiro soldado bravo que bandido solto.”

Pois bem, o que me conhecem pessoalmente ou só pelos meus escritos sabem que eu nem preciso ficar comentando os textos ou escrever mais sobre o assunto, isso porque os textos falam por si.

Aí está o link do site e abaixo os comentários. Quando cada um entrar nesse link os comentários podem não estar na primeira página porque isso é dinâmico. Independente disso vale ler as opiniões e as respostas.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Decreto 8243.


O Decreto 8243 ficou conhecido como aquele que instalava uma forma de democracia direta por cima do Congresso Nacional, um claríssimo atentado contra a democracia. Esse conceito não tem nada de sensacionalista ou exagerado para que se imbuísse uma fumaça malcheirosa em torno do decreto.

Em poucas palavras, o Decreto pretendia instituir uma série de comissões que teriam voz e vez legislativa, equiparando-se e, as vezes suplantando o legislativo constituído. Tudo parece muito bonito quando se coloca que o povo terá voz através dessas comissões que serão formadas pelo povo. Só que não é isso o que acontece. Eu ou você, nós pessoas comuns que precisamos trabalhar e estudar, cuidar da família, fazer compras e outras tarefas diárias, simplesmente não temos tempo para fazer parte de uma comissão governamental que irá discutir questões profundas ligadas ao futuro de toda uma nação. Adivinhem que faria parte dessas comissões?!!! Obviamente que militantes que recebem para fazer política não institucionalizada, ou seja, militantes partidários que recebem para não ter mandato e instituir debates e as vezes balbúrdias, é que farão parte dessas comissões. Na prática é retirar o poder da população de escolher seus representantes no Congresso.

Pois bem, essa proposta acaba de cair na Câmara dos Deputados. Foi o que aconteceu ontem a noite (28/10/14). Uma Câmara dos Deputados que, vale lembrar, é infinitamente mais dócil ao governo que a próxima Câmara que toma posse em janeiro.

O Congresso disse não ao seu próprio aviltamento e à tentativa do governo de governar em aliança com "movimentos sociais" aparelhados pelo PT e partidos de linha socialista clara como é o caso do PSOL, PCO, PCdoB e congêneres. Com isso fica claro: qualquer derrotismo, qualquer acusação de "tá tudo dominado" ou discursos do estilo "não adianta nada, o PT sempre vence", não passam de babaquice e de formas discretas de fortalecer as esquerdas ainda mais.

Grande parte do PP é oposição. O partido está rachado, o que pode ser bom ou ruim, dependendo do ângulo que se vê. Grande parte do PMDB é oposição, a diferença é que o PMDB é dividido naturalmente e sabe conviver com isso. Como diria uma famosa comentarista de política: “o PMDB não é para amadores”. O PTB, aliado até outro dia, tornou-se oposição. A tendência do PSB, tirando um ou outro quadro mais à esquerda (Luiza Erundina, por exemplo), tende a ser um novo partido de oposição e já mostrou isso nas eleições. Até o PV arregaçou suas manguinhas nessas últimas eleições e, apesar de sua insignificância parlamentar, sabe fazer barulho quando quer. A situação nunca foi tão boa para a oposição ao petismo.

O Senado verá a chegada de quadros políticos como José Serra, Tasso Jereissatti, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Ronaldo Caiado. Isso para não falar em Aécio Neves que tende a ganhar status de líder pessoal de oposição. Que não fraqueje em sua tarefa.

O momento é de união das oposições e daqueles que, mesmo em partidos que não são oposição, pretendem que seu partido pule de lado. Não é momento de cobranças. O momento é de comemorar mais uma vitória política em um assunto que realmente iria contra tudo o que uma democracia de verdade, que é o que queremos ser, precisa ter. Não é momento de insistir em choradeiras e conspirações, muito menos em separatismo. Que bobagem! Eles são mais vítimas que qualquer um do sul, sudeste ou centro-oeste. O momento é se organizar.

Nunca houve uma disputa tão acirrada desde 1989 e, sinceramente, não me lembro de na história ter acontecido uma disputa tão acirrada desde o início da República. É preciso saber usar desse momento mantê-lo por pelo menos os quatro anos seguintes

É isso que a democracia e o povo brasileiro esperam de uma oposição. É essa a oposição que o PT sempre fez. É essa a oposição que precisa ser feita e não aquela feita nos últimos 12 anos que sequer era notada. Uma letargia agonizante que espera-se, tenha terminado.


É esse o caminho que cumpre uma oposição séria e verdadeira trilhar. No mínimo isso faz bem ao sistema democrático que pretendemos ter.