quinta-feira, 31 de março de 2011

Golpe de 1964. Link para estudo.


Pois bem, em comemoração aos 47 anos do contragolpe dos militares em 1964, não vou ficar falando muito por aqui porque não sou o melhor nesse campo, contudo vários links de textos e vídeos estarão sendo elencados abaixo pra que todos saibam um pouco mais sobre esse acontecimento histórico que tanto foi deturpado pela imprensa atual e pelos nossos professores de história.

Links de textos:



















Links de vídeos:









É óbvio que a partir desses textos e vídeos poderá o leitor encontrar um material muito mais amplo sobre o assunto. Esse é só um ponta-pé inicial.

A história brasileira, especialmente a de 1964 pra cá, precisa de uma maior estudo de fontes. Livrinhos de história de ensino médio estão extremamente manipulados por uma vontade e ideologia comunista que se apóia na máxima: os fins justificam os meios. Os meios, nesse caso, é macular e falsear a história a favor deles.

Todo estudo e escolha de posições passa por uma postura de ouvir e entender motivos e argumentos de ambos os lados da história. Essa é uma máxima que serve para qualquer julgamento e tomada de postura. Tome a sua postura, mas antes ouça o outro lado e não entre, de preferência, na conversa fiada de uma educação voltada exclusivamente para a tomada de poder comunista.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Golpe. Contragolpe. 1964. 47 anos marcados por mentiras comunistas.


28/03 - 31 DE MARÇO DE 1964 - 31 DE MARÇO DE 2011

Amanhã comemoram-se 47 anos do chamado golpe militar de 64, na verdade um contra-golpe feito a tempo de salvar o país de uma catástrofe que hoje vemos ser iminente quarenta e sete anos depois.

Inicio o texto, primeiramente como um excerto do artigo de Jarbas Passarinho publicado no Jornal Correio Braziliense em 30 de março de 2004:

“A preparação legitimada do autogolpe, tentou-a Jango, ao propor o Estado de Sítio, mas malogrou a manobra porque - revela Prestes - não contou com os comunistas, receosos de que, depois de aniquilado o governador Carlos Lacerda, fossem eles os próximos. O autogolpe de 1937 contou com respaldo total dos militares. Falto disso, Jango buscou o apoio dos subalternos das Forças Armadas. Tenho, para mim, que o autogolpe não teria êxito se baseado somente nas greves políticas da ilegal CGT, ou no discurso carbonário de Brizola para fechar o Congresso, nem mesmo com o apoio de Prestes. Era preciso sublevar os subalternos das Forças Armadas.”

Fica patente que não se trata de golpe por pura vontade de poder, como são os golpes orquestrados por hordas de comunistas. Tratou de um golpe dado na tentativa de golpe comunista que qualquer jornal da época pode constatar. Na verdade ninguém gosta muito de citar fontes, preferem citar marionetes que nunca viveram a realidade e preferem repetir o que ouviram de mentirosos de plantão com o intuito de deturpar a verdade.

Anteriormente chamei os comunistas de horda que orquestra golpes. Acho que me equivoquei. Infelizmente não se pode menosprezar essa cambada. Horda seria um grupo desorganizado em busca de um alvo comum. Eles não são desorganizados, são desordeiros, o que é diferente.

À frente vou anexar a nota do Clube Naval que foi endossada pelo Clube Militar e da Aeronáutica sobre o 31 de março de 2011, 47 anos do contragolpe militar.

Nota sobre o 31 de março, elaborada pelo Clube Naval e endossada pelos Clubes Militar e de Aeronáutica.

"Há quarenta e sete anos, nesta data, respondendo aos reclamos da opinião pública nacional, as Forças Armadas Brasileiras insurgiram-se contra um estado de coisas patrocinado e incentivado pelo Governo, no qual se identificava o inequívoco propósito de estabelecer no País um regime ditatorial comunista, atrelado a ideologias antagônicas ao modo de ser do brasileiro.

À baderna, espraiada por todo o território nacional, associavam-se autoridades governamentais entre as quais Comandantes Militares que procuravam conduzir seus subordinados à indisciplina e ao desrespeito aos mínimos padrões da hierarquia.

A história, registrada na imprensa escrita e falada da época, é implacável em relatar os fatos, todos inadmissíveis em um País democraticamente organizado, regido por Leis e entregue a Poderes escolhidos livremente pelo seu povo.

Por maiores que sejam alguns esforços para “criar” uma história diferente da real, os acontecimentos registrados na memória dos cidadãos de bem e transmitidos aos seus sucessores são indeléveis, até porque são mera repetição de acontecimentos similares registrado pela história em outros países.

Relembrá-los, sem ódio ou rancor, é, no mínimo, uma obrigação em honra daqueles que, sem visar qualquer benefício em favor próprio, expuseram suas carreiras militares e até mesmo suas próprias vidas em defesa da democracia que hoje desfrutamos.

Os Clubes Militares, parte integrante da reação demandada pelo povo brasileiro em 1964, homenageiam, nesta data os integrantes das Forças Armadas da época que, com sua pronta ação, impediram a tomada do poder e sua entrega a um regime ditatorial indesejado pela Nação Brasileira.

Rio de Janeiro, em de Março de 2011"

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Clarín" é impedido de distribuir exemplares.


 Eu, como sempre, venho a público manifestar meu mais profundo amor por esses governos latino-americanos esquerdopatas. Todos se dizem muito democratas, mas ferem um princípio básico da democracia: a liberdade de imprensa. Alguns diriam: ah, mas você está generalizando! Tudo bem! Me diga um esquerdopata que não assim.

Nesse final de semana o jornal argentino "Clarín", bastante famoso e citado por aqui, não conseguiu, na verdade foi impedido de distribuir os cerca de 600 mil exemplares impressos no seu parque gráfico localizado no bairro portenho de Barracas. O que aconteceu foi que mais uma vez, em mais um capítulo lamentável da guerra entre o governo Kirchner e meios de comunicação privados do país, guerra que já dura desde o governo do finado marido e agora continua com a viúva, manifestantes vinculados ao líder sindicalista Hugo Moyano, aliado da Casa Rosada, impediram a circulação dos caminhões que deviam distribuir o jornal argentino. Qualquer semelhança com a patrulha petista não é mera coincidência.

Claro que o tal “protesto” foi questionado por importantes dirigentes da oposição e pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), e claro que nada saiu por aqui ainda, e dificilmente deve sair. As restrições à liberdade de imprensa na Argentina já estão chegando a graus preocupantes e o nosso belo Brasil cujo berço esplêndido está empoeirado, prefere tapar os olhos. Será que é porque pretende a mesma coisa?

Que fique bem claro que minhas insinuações não são de todo desembasadas, se é que existe essa palavra. Várias vezes durante a campanha de Dilma foi salientada essa possibilidade e o Sr. José Dirceu deu ela como certa, inclusive!

Mas voltando aos los hermanos, foram cerca de 40 manifestantes que bloquearam a entrada da empresa Artes Gráficas Rioplatenses (AGR) e, é claro, suspenderam o bloqueio depois do meio dia deste domingo, já que não dava mais pra distribuir nada mesmo.

O tal líder sindicalista Moyano, há cerca de dez dias, atacou a imprensa quando soube que o governo argentino recebera um pedido de informações da Justiça da Suíça, que está investigando empresas argentinas supostamente envolvidas em casos de lavagem de dinheiro. O documento enviado pelos tribunais suíços solicita, também, dados sobre Moyano e seus familiares.

Após vários bloqueios que foram denunciados pelos meios de comunicação argentinos, um juiz do país exigiu ao governo que garanta a livre circulação de jornais e revistas em todo o país.

A que ponto chegamos heim!

FONTES:


quinta-feira, 24 de março de 2011

EUA, ONU e uma declaração de Obama a favor de planos políticos homossexuais.


WASHINGTON, D.C., EUA, 22 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — Uma iminente declaração do governo de Obama marcará a primeira vez que os Estados Unidos estão apoiando os planos políticos homossexuais na Organização das Nações Unidas.

A declaração, que condena toda punição criminal contra a atividade homossexual e exorta maior atenção a direitos relativos à orientação sexual, está agendada para ser apresentada na terça-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, conforme reportagem da Associated Press na segunda-feira.

O documento, que recebeu apoio de 80 outros países, também exorta a ONU a inspecionar como os governos no mundo inteiro tratam os homossexuais.

Embora reconheça que “essas são questões delicadas para muitos”, o documento pede que se ache um “denominador comum” e declara que “ao lidar com questões delicadas, o Conselho tem de ser guiado pelos princípios da universalidade e não discriminação”.

O documento também reafirma uma declaração da ONU de 2008 em apoio à agenda homossexual que pedia o fim da discriminação com base na “orientação sexual ou identidade de gênero”, e elogia a “atenção contínua às questões de direitos humanos relativas à orientação sexual e identidade de gênero dentro do contexto da Revisão Periódica Universal”.

A embaixadora Eileen Chamberlain Donahoe disse que o governo dos EUA tem “orgulho” de ter assumido um papel de liderança na promoção dessa declaração.

“Os direitos humanos são os direitos inalienáveis de todas as pessoas, independente de quem sejam ou quem amem”, disse ela. “O governo dos EUA tem o firme compromisso de apoiar o direito dos indivíduos lésbicos, gays, bissexuais e transgêneros de levar vidas produtivas e dignificadas, livres de medo e violência. Esperamos ansiosamente trabalhar com outros governos de todas as regiões e com todas as ONGs para continuar o diálogo no Conselho acerca dessas questões”.

Embora durante sua campanha eleitoral tivesse dito que o casamento só existe entre um homem e uma mulher, o presidente Obama vem cortejando os grupos homossexuais de pressão legal e política desde que chegou à presidência. Mais recentemente, ele anunciou que seu governo não defenderia a Lei de Defesa de Casamento nos tribunais. Parlamentares do Partido Republicano mais tarde confirmaram que agiriam para defender a lei federal, que provavelmente enfrentará um desafio no Supremo Tribunal dos EUA.

Quando o movimento homossexual internacional estava ganhando força no início do ano 2000, os Estados Unidos sob o governo de George W. Bush haviam recusado assinar documentos semelhantes.

Artigos relacionados:








Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com


Veja também este artigo original em inglês:

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chávez, Marte, o capitalismo e o fim do mundo. Porque 2012 não chega logo?


Hoje é preciso publicar mais uma das grandes piadas mundiais. Essa é da série: prefiro ouvir do que ser surdo. Será? Estou começando a chegar à conclusão de que as vezes poderia ser preferível ser surdo.

O ditador Hugo Chávez, sim porque me recuso a chamar aquilo de presidente, soltou uma pérola digna de constar nos livros de história, coisa que não vai acontecer sabemos por quê! Ele afirmou que o capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte.

A pérola, na verdade o verdadeiro colar de pérolas, foi solto ontem dia 22/03/11 quando o ditador fazia um discurso para marcar o dia mundial da água.

As palavras dele foram as seguintes:

"Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta”.

Para não dizer que estou mentindo a reportagem pode ser conferida nos seguintes links:





Claro que poderíamos ficar citando fontes aqui até amanhã, mas esses acho que já está bom. Essas já foram suficientes para dar credibilidade e veracidade à notícia (chacota).

Na verdade o que estou esperando é que, agora, a NASA mande uma sonda pra Marte com uma missão simples: procurar o cérebro de Chávez.

Chávez coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, mas esquece que quem está acabando com alguma coisa é ele: com seu país. Aquele povo não sobreviverá a muito mais tempo com um indivíduo daqueles no poder e sem limites na caneta e na língua.

Na verdade o que me pareceu foi que, insatisfeito com seu constante fracasso em impor o socialismo na velocidade que pretendia para a América Latina e outros países fracos de mente e de líderes, o ditador Chávez, depois de instituir o socialismo bolivariano e depauperar a Venezuela, agora quer criar o socialismo marciano... Haja paciência! O pior de tudo é que tem gente que dá ouvidos a esse débil mental.

O capitalismo é o responsável pelos problemas ambientais? E o que dizer da comunista URSS que transformou o Mar de Aral num deserto, que tentou ocultar o desastre de Chernobyl? E a comunista China, cujos rios são esgotos a céu aberto e cujo ar é irrespirável nas áreas urbanas? A maior parte das áreas de preservação ambiental estão em países capitalistas, que usam o turismo ecológico e o manejo sustentável para mantê-las.

Claro que o capitalismo exagera e tem os seus defeitos, não é perfeito; altera o meio ambiente, que é alterável e dever ser mesmo. Nada de ecochatos por aqui, por favor! A natureza é criação e está a nossa disposição. O problema é o exagero no uso e destruição sem pensar em reabilitação natural. Aliás, esse deveria ser o foco da Campanha da Fraternidade, já que resolveram escolher um tema como esse.

Com todos esses comentários só espero não estar infringindo alguma minoria. Hoje em dia o mesmo socialistas liderados por essas múmias paralíticas defendem tanto essas minorias que é preciso muito cuidado para falar o que se pensa, mesmo que tenhamos todo o embasamento do mundo em nossos argumentos. De qualquer forma, acho que não houve nenhum infringir de cotas ou atentado a minorias, já que Chaves, Evo, Correia, Ortega, Castro, Kadhafi, Kim Jong IL, Zé Dirceu, Dilma, Lula entre tantos outros, não são judeus, afrodescendentes, nordestinos, mulheres feministas ou gays (salvo engano ou algumas exceções dentre esses).

terça-feira, 22 de março de 2011

Católicos croatas e a cristãofobia.

Uma professora é processada por supostos comentários sobre homossexualidade

ZAGREB, domingo, 20 de março de 2011 (ZENIT.org) - Os católicos croatas não estão acostumados a fazer manifestações públicas, mas nessa semana foram às ruas para protestar contra a cristãofobia no país.

Em nota enviada a ZENIT, Vincent Batarelo, um leigo da comunidade virtual Vigilare, informou que a manifestação, pacífica, ocorreu na segunda-feira em frente a um fórum de Zagreb, onde uma professora de religião foi denunciada por uma organização lésbica. A Vigilare ajudou a organizar a manifestação.

O grupo lésbico, Kontra, apresentou denúncia contra Jelena Mudrovcic porque ela teria afirmado que a “homossexualidade é uma doença”.

A professora negou as acusações e afirmou que apenas ensinou o que está escrito no livro-texto de religião.

A estudante que denunciou Mudrovcic não participou da aula, mas comentou o fato com sua mãe, Marina Vukusic, que encaminhou as acusações contra a professora ao grupo ativista lésbico.

O Kontra invocou uma lei de combate às discriminações aprovada há poucos anos na Croácia. Na ocasião, os representantes da Igreja haviam protestado alegando que a lei poderia ser usada para suprimir a liberdade religiosa, afirmou Batarelo.

O sistema educativo estatal permite as aulas de educação católica como cursos opcionais, mas o Kontra afirmou sua intenção de mudar este quadro.

Mais de 200 católicos se manifestaram diante do fórum com cartazes pedindo Stop Christianophobia.

Batarelo explicou que se trata de “um momento histórico, pois é a primeira vez nos vinte anos de independência da Croácia que os católicos saíram às ruas".

"O objetivo foi atingido e criamos um padrão para ações futuras".

Batarelo observa que esta notícia é “especialmente pertinente para animar os católicos e os cristãos na Europa oriental, antigos países comunistas, a lutarem pelas suas crenças”.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Discriminação e mulheres fora das exatas. É cada uma!


Tendo em vista que poucas coisas são mais politicamente incorretas do que falar mau do dia internacional da mulher, mas que isso é menos politicamente incorreto do que ser contra o aquecimento global, então eu declaro: quanta babaquice esse dia!

Nós homens acabamos por não ficar falando mal desse dia, não porque muitos não achem uma besteira assoladora, mas porque consideram cavalheirismo deixar que elas tenham um dia de comemoração, mesmo que isso não mude em nada o seu dia-a-dia. Ledo engano! Muda sim, a agenda feminista está atenta a essa data e outras, mas essa é toda especial.

Ta certo, sei que já se passaram alguns dias dessa fatídica comemoração, mas todos hão de convir comigo que foram dias de muita movimentação. Assim, só agora eu tenho tempo de falar sobre uma aberração (mais uma) que li esses tempos sobre nosso comunista governo.

Fiquei sabendo que o governo federal está muito preocupado com uma situação incrível: mulheres estão longe dos cursos de exatas. Duvidam? Vejam nesse link que vão poder acreditar no que estou falando: Discriminação de gênero tira mulheres de áreas exatas e preocupa governo

Aos que costumam ler as besteiras que escrevo aqui, sabem que não sou muito fã dessa história de datas específicas, costumo desprezá-las já que mais me parecem um tipo de discriminação positiva. Mas essa notícia salta aos olhos.

Mas voltando á preocupação de nosso governo, o jornal O Liberal, de Belém publicou a notícia que está no link acima. O texto começa assim:

“Uma fila de meninos e outra de meninas. A forma de organização que realça a diferença de gênero está na memória escolar da maior parte dos brasileiros e ainda é uma prática comum nas escolas. O que é visto com muita naturalidade por todos os agentes do ambiente escolar e pela própria sociedade pode esconder práticas que acabam também incentivando a discriminação de gênero, que, na maior parte das vezes, faz como vítima o lado feminino.”

Na verdade é melhor ler esse tipo de coisa do que ser cego, isso eu admito, mas essa esse tipo de manifestação está passando totalmente do limite.

Logo no título já me vêem com essa história de gênero. Isso é um uso cretino que se tornou costumeiro em nossa língua e em documentos oficiais, mas o assunto é mulher e não gênero. Mas o uso é cretino justamente porque o governo pretende incluir entre as mulheres para as suas políticas afirmativas todos aqueles do glossário GLBTSUVXZ!

Mas com relação ao centro da discussão que é informar que o machismo ululante que é a "discriminação de gênero", como é que tira as mulheres da área de exatas se elas nunca foram presença marcante, na verdade nem mínima em certos casos, nesse tipo de curso?

As perguntas que não querem calar: por quê isto preocupa o governo? Por quê isto deve causar preocupação ao governo? Será que os matemáticos do sexo masculino não estão executando seu trabalho a contento? Bom, talvez, um toque feminino poderá arredondar o π como arredondou os carros populares ou o sexto sentido feminino venha a descobrir, quanto exatamente mede um lado de um cubo de 2m³...

Prestem atenção no que pensa sobre o assunto a Sra ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM) órgão ligado à Presidência da República:

"Esse direcionamento é feito pela família e também pela escola. As meninas vão, aos poucos, migrando para as áreas de assistência social, educação. Tudo que trata da área de cuidar do outro. Ficam com os meninos as áreas de mais ousadia e inovação. Isso é parte da explicação do porquê temos tão poucas mulheres cientistas"...

De acordo com a dispensável opinião da Sra. ministra, nenhuma menina ou moça escolhe ou é capaz de escolher por si mesma se deseja seguir uma carreira ligada à área de exatas. Na verdade chamou as meninas de estúpidas manipuláveis e todas acharam uma lindeza. Se ela opta por outras profissões, notadamente em humanas, é por causa da maléfica influência dos familiares e das escolas. Coitadas! Então, o que planeja nossa "guia infalível" para assuntos de igualdade de gêneros? Trocar a péssima influência dos pais pela do Estado que, obviamente é muito melhor. Olha ai em frente:

"Uma das nossas metas é chegar em 2014 com meio milhão de professores formados em gênero e diversidade, um programa que está sendo coordenado pelo Ministério da Educação. Temos que dar escala a essa formação e melhorar as condições para trabalhar a autonomia das mulheres"...

Aos desavisados, não se trata aí de colocar meio milhão de professores (ou professoras) de matemática a mais na rede pública, seja para ambos os sexos ou com prioridade para o feminino. Se fossem capazes disso eu tiraria o chapéu. O que o governo está preparando é pagar do bolso do contribuinte meio milhão de doutrinadores ideológicos feministas para fazerem uma lavagem cerebral nas meninas de modo a fazê-las pensar que o que elas desejam para si está errado e que os conselhos dos seus pais - aqueles que amam seus filhos, que desejam um futuro melhor para eles e que, ora bolas, pagam os impostos - isto é, se é que eles de fato influenciam tanto assim - devem ser rejeitados.

Depois dizem que não há comunismo e ideais dessa porcaria de ideologia política por aqui.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Crucifixos ficam nas escolas italianas. Ufa!!!


O dito Tribunal Europeu dos Direitos do Homem iliba governo da Itália e diz que a decisão nesta matéria é da responsabilidade dos Estados.

O Tribunal de sigla TEDH anulou hoje, dia 18/03/11, aquela condenação do Estado italiano que permitia a presença de crucifixos nas salas de aula de escolas públicas, considerando que esta é uma decisão de cada Estado.

A decisão final, que por sinal não é passível de recurso, encerra o caso Lautsi, tendo o TEDH decidido por maioria (15 votos contra 2) que não estava em causa qualquer violação da Convenção Européia dos Direitos do Homem de 1950. Pelo menos uma decisão equilibrada.

O Tribunal considerou, em particular, que a questão da presença dos símbolos religiosos nas salas de aulas resulta, em princípio, da apreciação do Estado – tanto mais na falta de consenso europeu nesta questão – na medida, contudo, em que as escolhas neste domínio não conduzam a uma forma de doutrinamento”, pode ler-se em comunicado divulgado pela página oficial do TEDH.

A italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, apresentou uma queixa contra o Estado italiano em Estrasburgo, França, no ano de 2006, após o instituto público «Vittorino da Feltre», frequentado pelos seus filhos, se ter negado, em 2002, a retirar os crucifixos que ali se encontravam expostos.

Para o TEDH, uma “percepção subjetiva” não basta para que se possa falar em “violação” da Convenção de 1950.

Agora fica a questão para cada um dos Estados Nacionais decidir individualmente conforme seu interesse. Pelo menos já é um bom começo para que os Estados Europeus se sintam pressionados a declarar que não qualquer prejuízo em manter os crucifixos, já que a própria União Européia, que é um órgão muitíssimo laicista, considera que não há prejuízo em manter os crucifixos.

No dia de hoje (18/03/11), no Vaticano, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, referia aos jornalistas que “a presença cristã na cidade secular, durante os séculos, representou um elemento fundacional e absolutamente decisivo para a construção” da civilização européia.

Antes que pudesse conhecer a decisão final, o cardeal italiano sublinhava que “o crucifixo, para lá do seu significado teológico, é um sinal de civilização e constitui um dos maiores símbolos do Ocidente”, acrescentando que este é um “dado cultural”.

Em comunicado de imprensa, o TEDH precisa que o «caso Lautsi», se referia “à presença de crucifixos nas salas de aula das escolas públicas na Itália, que segundo os requerentes, é contrária ao direito à educação, particularmente ao direito dos pais de assegurar aos seus filhos uma educação e um ensino conformes às suas convicções religiosas e filosóficas”.

Da decisão não cabe recurso justamente porque essa já é a decisão do recurso, uma vez que na primeira sentença, que foi emitida em 3 de Novembro de 2009, os sete juízes, entre os quais o português Ireneu Cabral Barreto, entenderam unanimemente que a presença dos crucifixos nas escolas constituía "uma violação ao direito dos pais em educar os filhos segundo as próprias convicções" e uma "violação à liberdade religiosa dos alunos". Como se liberdade religiosa fosse se enclausurar em um buraco qualquer e não falar com ninguém sobre religião.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem foi criado em Estrasburgo pelos Estados membros do Conselho da Europa em 1959, para analisar alegações de violação da Convenção Européia dos Direitos do Homem.

Em 11 de novembro de 2009, poucos dias depois da teratológica decisão de primeira instância, fizemos um artigo intitulado 12 razões para o crucifixo na escola e para a liberdade . Agora, finalmente houve vitória. Contenhamos os Aleluias porque estamos na quaresma! Agora é aguardar as decisões de cada país em particular.

terça-feira, 15 de março de 2011

Campanha da Fraternidade e Aquecimento Global. Balela?


Em tempos de Campanha da Fraternidade (não deveria ser Quaresma?) estamos com o foco em um tema que se diz bastante atual: ecologia, aquecimento global, ecochatos e por ai a fora.

Já que a quaresma foi deturpada por um esquema de Campanha da Fraternidade que já há muitos anos não utilizada para o fim primeiro da Igreja, a salvação das almas, vamos debatendo o que vem acontecendo nesse âmbito ecologicamente correto.

Inicialmente é importante dar a notícia que o Dr. Phil Jones que, para quem não sabe é o principal cientista responsável pelo Climategate que lançou em primeira mão a teoria do aquecimento global, admitiu ao vivo na TV britânica BBC que:

- “perdeu muitos de seus documentos que justificavam sua teoria” (fala sério heim!);
- que alguns documentos meteorológicos de décadas estavam “mal organizados”;
- que na Idade Média pode ter havido muito mais calor que agora e que desde 1995 não houve aumento significativo na temperatura do planeta.

Não vou ficar aqui falando que e já tinha falado que esse negócio de aquecimento global não é como estão dizendo por ai. Acho que isso é excesso de pretensão. Mas que eu falei eu falei. Só sei que senti que ser contra o aquecimento global é o que há de mais politicamente incorreto atualmente. É pedrada de todo o lado.

Já tínhamos debatido em outros momentos que a idade média tinha passado por um período semelhante e até mais desestruturado climaticamente falando que agora. Tínhamos falado que um mesmo período com clima desorganizado como esse de agora já tinha acontecido até na época de Cristo. E olha que não sou nenhum expert nesses temas. Sou o chamado homem médio pra esse tipo de assunto. Mas para perceber isso era só tirar dez minutos do seu precioso tempo para avaliar a lógica do que estavam falando. Trata-se de pensamento crítico.

Bastava se perguntar:

Será que os carros da idade média não tinham catalisador?
Será que as indústrias da idade média não tinham filtros?
E as queimadas da época de Cristo? Será que eram tão freqüentes que o CO2 conseguiu mudar o clima?

O tal pesquisador acabou por lançar um verdadeiro bônus nessa história toda: A notícia é uma bomba e deveria ser uma sentença de morte para o Greenpeace (sabemos que não é isso que vai acontecer por que a hipocrisia é que manda), cujo líder, Gerd Leipold em agosto de 2009, admitiu em entrevista durante o programa Hardtalk, por conicidência também da BBC, que manipula e divulga dados falsos sobre o aquecimento global, sob a desculpa de, sendo o Greenpeace uma instituição que faz pressão, “tem de colocar emoção” nas informações que divulgam… É a história dos fins que justificam os meios. Pra que o fim que eu entendo ser bom acontece vale até matar a mãe.

Vale lembrar, ainda, que não é a primeira vez e nem será a última que essa instituição verdinha comete e assume essas gafes. Em 2006 o Greenpeace já havia sido desmascarado, e dessa vez pelos próprios voluntários, sobre sua “campanha de defesa das baleias”, que além efetivamente não salvar tais baleias, já arrecadou mais de cem milhões de dólares.

Para um aprofundamento do tema, até para que se possa perceber os dois lados da moeda, que por hora só tem um, sugiro ver os vídeos da entrevista do pesquisador Luiz Carlos Molion que, cientificamente, vai totalmente contra a corrente do aquecimento global.

segunda-feira, 14 de março de 2011

D. Odílio Scherer e a Campanha da Fraternidade 2011.


Colocamos a disposição o artigo do Cardeal D. Odílio Scherer sobre a Campanha da Fraternidade 2011. O artigo foi publicado na semana em que a campanha foi lançada e lança reflexões sobre essa mesma campanha. Vejamos:

CF 2011: Creio em Deus, Pai Criador

A Campanha da Fraternidade de 2011 (CF-2011) propõe uma questão de evidente atualidade: fraternidade e a vida no nosso Planeta. Nem é preciso argumentar muito para justificar a escolha desse tema pela CNBB: Já faz tempo que estudiosos estão alertando para o fenômeno do aquecimento global e suas consequências para o clima e para o equilíbrio ecológico.

As conferências mundiais sobre o clima, que congregam as maiores autoridades científicas da área, deixam sempre mais evidente que o sistema produtivo da economia moderna e contemporânea desencadeia intervenções inadequadas do homem na natureza e se constitui numa ameaça real para o equilíbrio ecológico e até mesmo para o futuro da vida na terra. Em contraste com tais constatações, nas mesmas movimentadas conferências sobre o clima, as principais autoridades políticas e econômicas do planeta não conseguem chegar a um acordo sobre as medidas a serem adotadas para sanar o problema e prevenir os riscos. É difícil redimensionar o desenvolvimento econômico, quando a receita é renunciar a certo padrão de consumo dos recursos naturais, que equivale à depredação e depauperamento da natureza. Exigimos da natureza mais do que ela pode oferecer, sem comprometer a sua sustentabilidade.

A CF-2011 convida a encarar seriamente a responsabilidade humana em relação ao futuro da vida no planeta Terra, o “ninho da vida” no universo, a casa comum da grande e diversificada família humana. O Texto Base, que apresenta a proposta da CF, traz argumentos e reflexões sobre o fenômeno do aquecimento global e os motivos que deveriam levar todos a pensar sobre o que é possível fazer e o que não se deveria fazer, para evitar a deterioração do ambiente da vida na Terra. Argumentos bíblicos e teológicos deveriam motivar os cristãos e todos os crentes em Deus a uma verdadeira conversão nos modos de viver e de se relacionar com a natureza, quando ficam comprometidas a qualidade da vida e a fraternidade na família humana. Todos são convidados a se envolverem na CF-2011.

Destaco dois motivos de fundo religioso, que deveriam ser levados em conta por todas as pessoas de fé no tocante à questão ecológica. Primeiramente, tratar bem a natureza e cuidar do pedaço do planeta que ocupamos está implicado na nossa fé no Deus Criador. Professamos a fé no Deus, Criador do Céu e da Terra, não importa como, ou quando isso aconteceu. A ciência pode continuar a pesquisar sobre a origem do universo e da vida na Terra e isso não contradiz a nossa fé no Deus Criador. O certo é que não fomos nós que demos origem a toda essa beleza e grandiosidade. Dizer que tudo isso surgiu por si mesmo é um grande absurdo. 

Mas também aprendemos da nossa fé que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, confiando-lhe o cuidado do “jardim da vida”. Embora pequeninos entre as criaturas do grande universo, somos importantes e Deus nos trata com predileção especial. O poeta do Salmo tem consciência disso, quando exclama, admirando o céu numa noite estrelada: “Que é o homem, Senhor, para que dele te ocupes?! No entanto, Tu o fizeste pouco menor que um deus... Tu o colocaste à frente da obra de tuas mãos!” (cf Sl 8). Sim, Deus colocou o mundo à disposição do homem; não para que acabe com ele, e sim, para que dele viva e usufrua, mas também para que zele por ele, qual bom administrador. Cuidar bem da natureza é sinal de fé e de gratidão para com o Deus Criador. Avançar sobre a natureza com a vontade de possuir e dominar é cair novamente na tentação de “ser deuses”, como Adão e Eva no paraíso (cf Gn 3). Quando o homem resolve assumir o lugar de Deus, desprezando seu desígnio, a desordem e o caos entram no mundo, com seus frutos de injustiça, violência e morte. 

O outro motivo, relacionado com o primeiro, é de fundo ético e moral: Cuidar bem da Terra, nossa casa comum, é questão de responsabilidade e solidariedade. Os bens da criação foram colocados por Deus à disposição de todas as suas criaturas; descuidar da natureza, ou estragá-la, é falta de respeito e de justiça para com o próximo e para com as futuras gerações. Não somos os únicos a ocupar esta casa, nem seremos os últimos; e é moralmente correto pensar nos outros, quando nos relacionamos com a natureza. Não ficará bem deixar atrás de nós um paraíso depredado, o mundo cheio de lixo, as terras desertificadas, as águas contaminadas, o ar irrespirável, o equilíbrio ecológico comprometido... A CF-2011 é um convite a refletir, para formar uma consciência comum sobre nossa responsabilidade e para tomar decisões eficazes sobre os cuidados que a Terra merece. É nossa casa comum. E ainda será a casa dos que viverão depois de nós.

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo

Mao Hengfeng, “lei do filho único” e China.


Acho interessante o grau de democracia que os comunistas/socialistas estão acostumados. Não falo o grau de democracia aos que os comunistas/socialistas se dizem a favor quando querem mascarar o desejo de uma futura revolução, digo o grau de democracia depois que o golpe comunista é dado.

Todos sabemos, ou pelo menos já ouvimos dizer, que na China existe a lei do filho único. Essa lei é aplicada em todo o país desde o fim da década de 1970 e proíbe, com algumas exceções, que as famílias chinesas tenham mais de um filho. Uma maravilhosa forma de expressar a liberdade que o comunismo pretende trazer.

Aquele país já tem, desde sempre, uma forte tradição da política de filhos homens e descarte das mulheres. Quando digo descarte estou dizendo descarte mesmo. O governo comunista chinês ainda consegue piorar a situação abrindo algumas exceções para pais que têm o primeiro filho do sexo feminino.

Bom, mas esses absurdos já sabemos e caminhamos pra isso também, a questão maior é que no último dia 24/02 uma das pessoas que mais combatem esse tipo de aberração da China foi presa.

Mao Hengfeng se dedica desde 1998 à luta contra a controversa e rígida "lei do filho único".

Mao Hengfeng tem hoje 50 anos, mora com o marido Wu Xuewuei, em Xangai e havia sido posta em liberdade antecipadamente, apenas dois dias antes, na terça-feira, 22 de fevereiro, por motivos de saúde. A mulher estava cumprindo, na província centro-oriental de Anhui, uma pena de 18 meses de "reeducação através do trabalho". Havia sido considerada culpada de "perturbar a ordem pública", por participar, em 25 de dezembro de 2009, em Pequim, de uma manifestação em favor de outro defensor dos direitos humanos, Liu Xiaobo, honrado no ano passado com o Prêmio Nobel da Paz. Esse do prêmio Nobel todos nós ficamos sabendo.

Essa nova prisão, que foi efetuada por pelo menos trinta policiais (tudo isso para prender uma mulher, mais ridículo impossível), se deu devido a informação de que Hengfeng teria realizado "atividades ilegais" - algo que, de acordo com seu marido, é uma acusação absurda. "Durante 24 horas, o tempo todo, desde que ela voltou, a polícia nos controlava da porta de casa. Ela não pôde nem mesmo ir ao médico. Que chances teria de infringir a lei? - disse Wu, que não escondia sua preocupação. Não sabemos onde ela está agora" (Reuters, 24 de fevereiro).

Enquanto isso, continua o crescimento da população chinesa. "A população da China está crescendo agora unicamente porque as pessoas estão vivendo mais, não porque tenham muitos filhos", disse Cai Yong, demógrafo da Universidade da Carolina do Norte (EUA), especialista na China (Shanghai Daily, 1º de março). Juntamente com um preocupante desequilíbrio dos sexos - resultado do aborto seletivo e da tradicional preferência por filhos do sexo masculino -, o envelhecimento da população é atualmente um dos maiores quebra-cabeças para os demógrafos e políticos chineses, como não poderia deixar de ser, é claro.

O ministro dos Assuntos Civis, Li Liguo, durante uma Conferência disse, que a população acima de sessenta anos da China, em 2015 chegará a 216 milhões de pessoas, com um aumento anual de mais de 8 milhões (Xinhua, 25 de fevereiro). Ainda em 2015, o número de pessoas acima de 80 anos será, na China, de 24 milhões, continuou o ministro, que também é vice-diretor da Comissão Nacional sobre o Envelhecimento. Para evitar uma quebradeira total do sistema de aposentadorias, o ministério chinês de Recursos Humanos e Segurança Social anunciou o início de uma revisão "exaustiva" da idade da aposentadoria para as mulheres (Xinhua, 27 de fevereiro).

Por esse motivo, especialistas chineses não excluem um relaxamento parcial na normativa sobre o "filho único". Falando na última segunda-feira com o jornal China Daily, um dos expoentes da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar (NPFPC), professor Yuan Xin, mostrou-se favorável a uma "atualização" da lei. O demógrafo da Universidade Nankai, em Tianjin (ou Tientsin, no Mar da China Oriental), sugeriu autorizar os cônjuges que moram na cidade e são ambos filhos únicos a ter um segundo filho.

E ainda tem gente que defende esse tipo de postura ferrenhamente como se fosse a única solução do mundo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Bento XVI: A data da Última Ceia


Passagem do livro “Jesus de Nazaré, Da entrada em Jerusalém até à Ressurreição”

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 11 de março de 2011 (ZENIT.org) - O livro do Papa “Jesus de Nazaré, Da entrada em Jerusalém até à Ressurreição” foi lançado nessa quinta-feira. Apresentamos a passagem “A data da Última Ceia”, do quarto capítulo do volume, divulgada por Agência Ecclesia e a Principia Editora (Portugal).
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1. A data da Última Ceia

O problema da datação da Última Ceia de Jesus assenta no contraste, a este respeito, entre os Evangelhos sinópticos, de um lado, e o Evangelho de João, do outro. Marcos, que Mateus e Lucas seguem no essencial, oferece a este propósito uma datação precisa. «No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos perguntaram-Lhe: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” [...] Chegada a noite, Jesus foi com os Doze» (Mc 14, 12.17). A tarde do primeiro dia dos Ázimos, quando no templo se imolavam os cordeiros pascais, é a vigília da Páscoa. Segundo a cronologia dos sinópticos trata-se de uma quinta-feira.

Depois do ocaso, começava a Páscoa, e foi então consumida a ceia pascal por Jesus com os seus discípulos, bem como por todos os peregrinos idos a Jerusalém. Na noite de quinta para sexta-feira – sempre segundo a cronologia sinóptica –, Jesus foi preso e apresentado ao tribunal, na manhã de sexta-feira foi condenado à morte por Pila- tos e sucessivamente, «pela hora tércia» (cerca das nove da manhã), foi crucificado. A morte de Jesus deu-se à hora nona (cerca das três horas da tarde). «Ao cair da tarde, visto ser a Preparação, isto é, véspera do sábado, José de Arimateia [...] foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus» (Mc 15, 42-43). A sepultura devia fazer-se ainda antes do ocaso porque depois começava o sábado. O sábado é o dia do repouso sepulcral de Jesus. A ressurreição tem lugar na ma- nhã do «primeiro dia da semana», no domingo.

Esta cronologia vê-se comprometida pelo seguinte problema: o processo e a crucifixão de Jesus teriam acontecido na festa da Páscoa, que naquele ano calhava na sexta-feira. É verdade que muitos estudiosos procuraram demonstrar que o processo e a crucifixão eram compatíveis com as prescrições da Páscoa. Mas, não obstante toda a erudição, resta problemático que, naquela festa muito importante para os judeus, fossem admissíveis e possíveis o processo diante de Pilatos e a crucifixão. Aliás, esta hipótese vê-se obstaculizada também por uma informação fornecida por Marcos. Afirma ele que, dois dias antes da festa dos Ázimos, os sumos sacerdotes e os escribas procuravam maneira de se apoderarem de Jesus à má-fé para O matarem, mas a propósito declaravam: «Durante a festa não, para que o povo não se revolte» (14, 2; cf. v. 1). Segundo a cronologia sinóptica, porém, a execução capital de Jesus terá de facto tido lugar precisamente no dia da festa.

Vejamos agora a cronologia joanina. João tem o cuidado de não apresentar a Última Ceia como ceia pascal. Pelo contrário, as autoridades judaicas, que levam Jesus ao tribunal de Pilatos, evitam entrar no pretório «para não se contaminarem e poderem celebrar a Páscoa» (18, 28). A Páscoa começa apenas ao entardecer; durante o processo, ainda se está a pensar na ceia pascal; processo e crucifixão têm lugar no dia antes da Páscoa, na parasceve, a «preparação», e não na própria festa. Naquele ano, portanto, a Páscoa estende-se do ocaso de sexta-feira até ao ocaso de sábado, e não do entardecer de quinta-feira até ao entardecer de sexta-feira.

Quanto ao resto, o desenrolar dos acontecimentos permanece o mesmo. Na tarde de quinta-feira, a Última Ceia de Jesus com os discípulos, que não é porém uma ceia pascal; na sexta-feira, a vigília da festa, e não a própria festa, o processo e a execução capital; no sábado, o repouso no sepulcro; no domingo, a ressurreição. Com esta cronologia, Jesus morre na hora em que são imolados no templo os cordeiros pascais. Morre como o verdadeiro Cordeiro, que estava apenas preanunciado nos cordeiros.

Esta coincidência, teologicamente importante, de Jesus morrer contemporaneamente com a imolação dos cordeiros pascais tem levado muitos estudiosos a desmerecerem a versão joanina como cronologia teológica. João teria mudado a cronologia para construir esta coincidência teológica, que todavia no Evangelho não é explicitamente afirmada. Mas, hoje, vai-se vendo de maneira cada vez mais clara que a cronologia joanina é historicamente mais provável do que a sinóptica, visto que – como se disse – processo e execução capital no dia da festa parecem pouco concebíveis. Por outro lado, a Última Ceia de Jesus aparece tão estreitamente ligada à tradição da Páscoa que a negação do seu caráter pascal redunda problemática.

Por isso desde há muito que se fazem tentativas para conciliar as duas cronologias. A mais importante e, em vários dos seus pormenores, fascinante de chegar a uma compatibilidade entre as duas tradições provém da estudiosa francesa Annie Jaubert, que desde 1953 tem vindo a desenvolver a sua tese numa série de publicações. Dado que aqui não devemos entrar nos detalhes da sua proposta, limitamo-nos ao essencial.

A senhora Jaubert baseia-se principalmente em dois textos antigos que parecem apontar para uma solução do problema. O primeiro é a indicação de um calendário sacerdotal antigo, presente no Livro dos Jubileus, que foi redigido em língua hebraica na segunda metade do século II antes de Cristo. Este calendário não toma em consideração a translação da Lua, prevendo um ano de 364 dias, dividido em quatro estações de três meses, dois dos quais têm 30 dias e o outro 31. Cada trimestre, sempre com 91 dias, contém exactamente 13 semanas, e cada ano 52 semanas. Consequentemente, as festas litúrgicas de cada ano seriam sempre no mesmo dia da semana. Isto significa que, no caso da Páscoa, o 15 de Nisan seria sempre à quarta-feira, sendo a ceia pascal consumada depois do ocaso na noite de terça-feira. Jaubert defende que Jesus terá celebrado a Páscoa segundo este calendário, isto é, na terça-feira à noite, e sido preso nessa noite que dá para quarta-feira.

Deste modo, a estudiosa vê resolvidos dois problemas: por um lado, Jesus terá celebrado uma verdadeira ceia pascal, como referem os sinópticos; por outro, João tem razão em que as autoridades judaicas, atendo-se ao seu próprio calendário, celebraram a Páscoa só depois do processo de Jesus; e, por conseguinte, Jesus terá sido justiçado na vigília da verdadeira Páscoa e não no próprio dia da festa. Assim a tradição sinóptica e a joanina apresentam-se igualmente certas com base na diferença que há entre dois calendários diversos. A segunda vantagem sublinhada por Annie Jaubert mostra, simultaneamente, o ponto fraco desta tentativa de encontrar uma solução.

Observa a estudiosa francesa que as cronologias referidas (nos sinópticos e em João) têm de conjugar uma série de acontecimentos no reduzido espaço de poucas horas: o interrogatório na presença do Sinédrio, a transferência para Pilatos, o sonho da mulher de Pilatos, o envio a Herodes, o regresso a Pilatos, a flagelação, a condenação à morte, a via crucis e a crucifixão. Colocar tudo isto num arco de poucas horas parece – segundo Jaubert – quase impossível. A este propósito, a sua solução proporciona um espaço temporal que vai da noite entre terça-feira e quarta-feira até à manhã de sexta-feira.

Neste contexto, a estudiosa mostra que, em Marcos, nos dias de «Domingo de Ramos», segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, existe uma sequência concreta dos acontecimentos, mas depois se salta di- retamente para a ceia pascal. Por conseguinte, segundo a datação referida, ficariam dois dias sobre os quais nada se refere. Por fim, re- corda Jaubert que, deste modo, teria podido funcionar o projeto das autoridades judaicas de matar Jesus ainda antes da festa. Mas Pilatos, com a sua titubeação, teria depois adiado a crucifixão até sexta-feira.

No entanto, contra a mudança da data da Última Ceia de quinta para terça-feira fala a antiga tradição da quinta-feira, que em todo o caso encontramos claramente já no século II. A isto objeta a senhora Jaubert citando o segundo texto sobre o qual assenta a sua tese: trata-se da chamada Didascália dos Apóstolos, um escrito do início do século III que fixa a data da Ceia de Jesus na terça-feira. A estudiosa procura demonstrar que este livro terá recolhido uma tradição antiga, cujos vestígios poderão ser encontrados também noutros textos.

A isto, porém, é preciso responder que os vestígios da tradição encontrados são demasiado frágeis para poderem convencer. A outra dificuldade consiste no facto de ser pouco verossímil o uso, por parte de Jesus, de um calendário difundido principalmente em Qumrân. Nas grandes festas, Jesus frequentava o templo. E, embora tenha predito o seu fim confirmando-o com um ato simbólico dramático, Ele seguiu o calendário judaico das festividades, como mostra sobretudo o Evangelho de João. Poder-se-á, sem dúvida, admitir com a estudiosa francesa que o Calendário dos Jubileus não estava estritamente confinado a Qumrân e aos Essénios. Mas isto não basta para poder fazê-lo valer para a Páscoa de Jesus. Assim se explica que a tese, à primeira vista fascinante, de Annie Jaubert seja rejeitada pela maioria dos exegetas.

Ilustrei esta tese de maneira particularmente detalhada porque ela permite imaginar algo da multiplicidade e da complexidade do mundo judaico no tempo de Jesus: um mundo que, não obstante o considerável aumento dos nossos conhecimentos das fontes, podemos reconstituir apenas de modo insuficiente. Portanto, não negaria a esta tese qual- quer probabilidade, mas, tendo em consideração os seus problemas, penso que não é pura e simplesmente possível acolhê-la.

Que dizer então? A avaliação mais cuidada de todas as soluções tentadas até agora, encontrei-a no livro sobre Jesus de John P. Meier, que, no final do seu primeiro volume, expôs um amplo estudo sobre a cronologia da vida de Jesus. E chega à conclusão de que é preciso escolher entre a cronologia sinóptica e a joanina, demonstrando, com base no conjunto das fontes, que a decisão deve ser favorável a João.

João tem razão quando afirma que, no momento do processo de Jesus diante de Pilatos, as autoridades judaicas ainda não tinham comi- do a Páscoa e por isso deviam conservar-se cultualmente puras. Tem razão ao dizer que a crucifixão não teve lugar no dia da festa, mas na sua vigília. Isto significa que Jesus morreu na altura em que se imolavam no templo os cordeiros pascais. Que depois os cristãos tivessem visto nisso mais do que um puro acaso, que tivessem reconhecido Jesus como o autêntico Cordeiro, que precisamente assim tivessem encontrado o rito dos cordeiros elevado ao seu verdadeiro significado – tudo isso é simplesmente normal.

Resta a pergunta: mas, então, porque é que os sinópticos falam de uma ceia pascal? Em que se baseia esta linha da tradição? Uma resposta verdadeiramente convincente a esta pergunta, nem Meier a pôde dar. Todavia, faz a tentativa, como aliás muitos outros exegetas, através da crítica redacional e literária; procura demonstrar que os textos de Mc 14, 1a e 14, 12-16 – os únicos lugares onde se fala da Páscoa em Marcos – terão sido inseridos posteriormente. Na narrativa verdadeira e própria da Última Ceia, não seria mencionada a Páscoa.

Esta operação, apesar dos numerosos nomes importantes que a sustentam, é artificial. Mas é justa a indicação de Meier segundo a qual, na narrativa da própria Ceia feita pelos sinópticos, o ritual pascal aparece tão pouco como em João. Assim, poder-se-á, embora com alguma reserva, subscrever a afirmação de que «toda a tradição joanina [...] concorda plenamente com a tradição original dos sinópticos relativamente ao carácter da Ceia como não pertencente à Páscoa» (A Marginal Jew, I, p. 398).

Mas então o que foi, verdadeiramente, a Última Ceia de Jesus? E como se chegou à concepção, seguramente muito antiga, do seu caráter pascal? A resposta de Meier é surpreendentemente simples e, sob muitos aspectos, convincente. Jesus estava consciente da sua mor- te iminente; sabia que não mais iria poder comer a Páscoa. Nesta clara certeza, convidou os seus para uma Última Ceia de caráter muito particular, uma Ceia que não pertencia a nenhum rito judaico determinado, mas era a sua despedida, na qual Ele deu algo novo, isto é, Se deu a Si mesmo como o verdadeiro Cordeiro, instituindo assim a sua Páscoa.

Em todos os Evangelhos sinópticos fazem parte desta Ceia as profecias de Jesus sobre a sua morte e sobre a sua ressurreição. Em Lucas, elas assumem uma forma particularmente solene e misteriosa: «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus» (22, 15-16). A frase permanece equívoca: pode significar que Jesus come, pela última vez, a Páscoa habitual com os seus; mas pode significar também que já não a come mais, encaminhando-se para a nova Páscoa.

Um dado é evidente em toda a tradição: o essencial desta Ceia de despedida não foi a Páscoa antiga, mas a novidade que Jesus realizou neste contexto. Mesmo se esta refeição de Jesus com os Doze não foi uma ceia pascal segundo as prescrições rituais do judaísmo, num olhar retrospectivo tornou-se evidente, com a morte e a ressurreição de Jesus, o significado intrínseco do todo: era a Páscoa de Jesus. E, neste sentido, Ele celebrou a Páscoa e não a celebrou. Os ritos antigos não podiam ser praticados; quando chegou o momento, Jesus já estava morto. Mas Ele entregara-Se a Si mesmo e assim tinha celebrado com eles verdadeiramente a Páscoa. Desta forma, o antigo não tinha sido negado, mas – e só assim poderia ser – levado ao seu sentido pleno.

O primeiro testemunho desta visão unificadora do novo e do antigo que é operada pela nova interpretação da Ceia de Jesus em relação com a Páscoa no contexto das suas morte e ressurreição encontra-se em Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios 5, 7: «Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, já que sois pães ázimos. Pois Cristo, nossa Páscoa, foi imolado» (cf. Meier, A Marginal Jew, I, p. 429 s.). Como em Marcos 14, 1, também aqui se sucedem o primeiro dia dos Ázimos e a Páscoa, mas o sentido ritual de então é transformado num significado cristológico e existencial. Agora, os «ázimos» devem ser os próprios cristãos, libertados do fermento do pecado. E o Cordeiro imolado é Cristo. Nisto, Paulo concorda perfeitamente com a descrição joanina dos acontecimentos. Assim, para ele, morte e ressurreição de Cristo tornaram-se a Páscoa que permanece.

Com base nisto, pode-se compreender como a Última Ceia de Jesus – que não era só um prenúncio, mas nos dons eucarísticos compreendia também uma antecipação de cruz e ressurreição – bem depressa acabou por ser considerada como Páscoa, como a sua Páscoa. E era-o verdadeiramente.