quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Afinal de contas: o que vem a ser indulgência?

Essa minha pergunta não é muito comum, como bem sabemos, nas escolas de ensino fundamental e médio de nosso país. Os professores de história (ou estória você escolhe) fazem questão de fazer uma confusão generalizada quanto ao termo. Na verdade eu até hoje não entendi se fazem isso por absoluta má-fé ou porque na verdade não tem a mínima idéia mesmo e na falta de conhecimento é melhor atacar a Igreja e pronto.

Agora me digam uma coisa: se no ensino fundamental e médio não ensinam o que significa indulgência será que na faculdade ensinam? Prefiro não comentar...

Vamos aos fatos. É muito mais fácil dizer e repetir indefinidamente que a Igreja vendeu indulgências e levar todo mundo a erro deixando no ar, ou bem claro, que isso era o mesmo que o perdão dos pecados. A lógica é fazer o seguinte caminho: a Igreja vende o perdão de Deus e lucra com isso. É o mesmo que vender lotes no céu. A verdade é que está tudo errado. Esqueçam, apaguem isso tudo da cabeça porque nada disso tem valor por um simples fato: mentiram pra você.

O Catecismo da Igreja Católica esclarece sobre as Indulgências que podem ser alcançadas:

§1479 - Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los obtendo para eles indulgências, para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.

Me digam uma coisa: “libertação da penas temporais devidas pelos seus pecados” é o mesmo que perdão dos pecados? Ponham a mão na consciência e debrucem sobre seus alfarrábios. Claro que não!

Vamos continuar no mesmo Catecismo porque ele fala muito melhor do que esse ínfimo interlocutor:

§1498 - Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, seqüelas dos pecados.

Oh céus!!! Então quer dizer que pode-se até obter indulgências para quem já morreu? Sim. E para não falar que minha opinião não vale nada, como já disseram esses dias em um site desses por ai, vamos ver o que o Papa Paulo VI fala sobre o assunto:

"Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos" (Paulo VI, Const. Apost., Indulgentiarum doctrina, 2)

Acho que ficou bem claro que o pecado já está perdoado quando se é aplicada a indulgência ,não é? Pois bem, se já está perdoado então quer dizer que não é o perdão e se não é o perdão então não tem como a Igreja vender ou ter vendido o perdão de Deus, que é gratuito. Aliás gratuito não, a moeda é o arrependimento acompanhado de confissão ou o batismo, claro!

Como parece não ter ficado muito claro, vamos desenhar. A cada pecado, dois efeitos aparecem: a culpa (ou pena eterna), e a pena temporal. Exemplificando temos que um criminoso atinge a vítima e também a sociedade através do seu delito. Pela violação da ordem social advindo do crime que cometeu, o criminoso cumpre uma pena que a Instituição Estado impõe. Transportando: o pecador comete o pecado (crime contra Deus) e recebe uma pena (penitência) da Igreja (Instituição Divina) para que seu erro seja sanado. Voltando ao criminoso, já em relação à vítima direta de sua ação criminosa, deve, além da pena (prisão, por exemplo) a ser cumprida conforme o Direito, indenizar pelos danos que aquela pessoa em particular sofreu. Essa indenização é a pena temporal que gera a indulgência no caso da Igreja.

Ao pecar, ofendemos a Deus e essa ofensa gera uma desordem a ser reparada. Essa ofensa corresponde à culpa, à pena eterna, e a tal desordem à pena temporal. Por esse motivo é que o sacerdote nos dá uma penitência a ser cumprida. Não se trata de “pagar” pelos pecados, pois Cristo já o fez. Nem condição para o perdão. A penitência imposta serve, na verdade, para reparar as conseqüências do pecado já perdoado na confissão. Não rezamos “três ave-marias”, por exemplo, para que o pecado seja perdoado, porém para reparar a pena temporal unida à pena eterna do pecado cometido, esta última perdoada pelo sangue de Jesus na absolvição sacerdotal.

O perdão, portanto já existe. A pena temporal é que é "paga". Séculos atrás era comum pessoas de muita posse pagar essas penas com valores altíssimos em dinheiro ou em terras ou em ouro ou qualquer outro bem material. Trata-se de costume e, muitas vezes de vontade, porque, queiram os catolicofóbicos ou não, a grande maioria entregava riquezas à Igreja por livre e espontânea vontade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Marta Suplicy, apoio de sacerdotes e Pe. Lodi.

Tendo em vista a notícia sobre o apoio de alguns sacerdotes para a candidata Marta Suplicy ao governo da cidade de São Paulo, temos que, por mais que escrevêssemos, nada seria melhor do que a carta escrita pelo Pe. Lodi ao Bispo Auxiliar daquela região.

Sendo assim, mesmo sem pedir a permissão diretamente ao Pe. Lodi, mas sabendo desde já que a permissão está concedida, justamente por estar sempre próximos aos anseios desse sacerdote que se encotra em Roma estudando bioética, reproduzimos o inteiro teor, fazendo eco ao tudo o que nessa carta está escrito.



"Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Pedro Luiz Stringhini
DD. Bispo Auxiliar da Região Episcopal de Belém da Arquidiocese de São Paulo
regiaobelem@terra.com.br
regiaobelem@uol.com.br

Estando em Roma estudando Bioética, recebi pela Internet uma notícia segundo a qual os clérigos pertencentes à Região Episcopal dirigida por Vossa Excelência Reverendíssima estariam preparando um estranho documento chamado "Carta aos cristãos", para ser distribuído nas Missas do próximo domingo, convidando os eleitores paulistas a votar na candidata Marta Suplicy para prefeita de São Paulo. A notícia foi publicada no jornal O Estado de São Paulo de 17 de outubro, e pode ser vista em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081017/not_imp261517,0.php.

Estou ciente de que nem sempre podemos confiar no que diz a imprensa. Na suposição de que o jornal esteja dizendo a verdade (ou pelo menos algo de verdadeiro), é urgente uma medida para combater o escândalo.

Vossa Excelência Reverendíssima poderia relembrar aos clérigos da Região de Belém, que a atual candidata Marta Suplicy, já em 1995, foi autora do Projeto de Lei 1151/95, que pretendia instituir a "união civil" entre pessoas do mesmo sexo. Poderia lembrar-lhes ainda que em 1996 ela foi autora do Projeto de Lei 1956/96, que pretendia liberar a prática do aborto de bebês malformados. E mais: ela sempre esteve infalivelmente presente em apoio dos projetos abortistas e contra as proposições pró-vida (entre as quais a PEC 25A/95, que pretendia incluir o direito à vida "desde a concepção" no artigo 5º de nossa Constituição).

O apoio a essa candidata, que sempre se distinguiu pela militância pró-aborto e pró-homossexualismo, obviamente constitui um escândalo, sobretudo quando são clérigos que a apóiam. Além de deixar os eleitores perplexos, o caso poderá deixar enormemente desgastada a imagem da Igreja Católica no Brasil.

Rogo ao Divino Espírito Santo que conceda a Vossa Excelência Reverendíssima os dons necessários para agir nesta situação crítica em que se encontra a Região Episcopal de Belém.

Da Cidade Eterna, despeço-me pedindo-lhe a bênção.

In Christo et Matre,"

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Telefax: 55+62+3321-0900
Caixa Postal 456
75024-970 Anápolis GO
http://www.providaanapolis.org.br
"Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto"

domingo, 12 de outubro de 2008

Portugal: Parlamento rejeita casamento homossexual

LISBOA, sexta-feira, 10 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O Parlamento português rejeitou esta sexta-feira dois projetos de lei, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, sobre o casamento homossexual.

Em declarações à Rádio Renascença antes da votação, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, havia afirmado que o casamento entre homossexuais atenta contra a "concepção profunda da família".

A proposta do Bloco de Esquerda previa ainda a adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo.

O secretário da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), pe. Manuel Morujão, havia se manifestado essa terça-feira sobre a tema da adoção.

«Devemos proteger as crianças e não propriamente pensar naqueles que desejam ter uma criança como pais adoptivos. O maior bem da criança (deve estar) sempre em primeiro lugar», disse.